Por Na Importadora Oplima, conhecida loja de material de construção, utilidades domésticas e objetos de decoração localizada no bairro do Umarizal, em Belém, três afrorreligiosos que entraram com trajes “de função” para a compra de alguns itens denunciaram que sofreram constrangimento e discriminação. Assim que chegaram à loja começaram a ser seguidos, até que em determinado momento uma pessoa que seria a filha dos proprietários abordou o grupo com frases tais como “está repreendido, em nome de Jesus” e outras, demonstrando intolerância religiosa.
Uma guarnição da PMPA foi acionada para registrar o flagrante e chegou ao local, mas a acusada foi em seu carro particular, acompanhada de seu advogado, até a delegacia, para os procedimentos legais. No interior da seccional, ela ainda teria se referido ao presidente da Federação Espírita Umbandista e dos Cultos Afro-Brasileiros no Pará com a expressão “olha esse doido” e depois, orientada por seu advogado, tentado amenizar os termos usados, alegando que estava muito estressada.
O caso aconteceu na tarde da última segunda-feira, 5. De acordo com o relato das vítimas, houve clara intenção de insultar e constrangê-los, configurando discriminação religiosa. Grupos umbandistas organizam um ato de protesto, neste sábado (10), em frente à loja denunciada.
Em nota de esclarecimento, o sócio-diretor da Oplima, Nelson Aguiar Rodrigues, admite a ocorrência, lamenta e afirma que a empresa não tolera qualquer ato de discriminação ou preconceito, salientando que em mais de 55 anos no mercado nunca esteve envolvida em tal situação. Também sustenta estar colaborando com as autoridades no esclarecimento dos fatos, para a devida aplicação da justiça. Repudia todo e qualquer ato tendente a difamar a imagem e honra da empresa pautados unilateralmente em falas não apuradas pelas autoridades competentes. A nota finaliza agradecendo a compreensão de todos e reforçando o compromisso com a diversidade, o respeito e a igualdade.
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