O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estado do Pará (Gaeco), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), cumpriu na manhã desta segunda-feira, 26, seis mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal deferidos pela Vara de Combate às Organizações Criminosas no Estado do Pará. A ordem judicial envolveu endereços localizados em Marabá e Castanhal, dentro da Operação Muralha.
O Gaeco investiga advogados acusados de integrar organização criminosa e fazer lavagem de dinheiro. De acordo com o que foi apurado ao longo de mais de dois anos, os advogados alvos da medida cautelar de busca e apreensão compõem a célula jurídica denominada “Sintonia dos Gravatas”, na estrutura da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Marabá, em um escritório de advocacia situado no bairro Belo Horizonte, e em Castanhal, em endereços residenciais nos bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I.
Foram apreendidos durante a operação telefones celulares, documentos, agendas com anotações de interesse da investigação e mais de um mil bilhetes e cartas trocadas entre presos faccionados, que usavam advogados como “pombo correio” (na linguagem dos faccionados os “pombos” são os advogados que utilizam de suas prerrogativas para levar e trazer mensagens entre faccionados intra e extra muros, mantendo, assim, a facção em pleno funcionamento).
O cumprimento das decisões judiciais que autorizaram a medida cautelar de busca e apreensão domiciliar e pessoal foi devidamente acompanhado por advogados integrantes da Comissão de Prerrogativas da OAB/PA. As investigações prosseguem em segredo de justiça para a análise das evidências apreendidas.
(com informações e fotos do Gaeco)
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