0
 

Tânia Campos, violista santarena, perdeu hoje de madrugada a luta contra o câncer, aos 48 anos. Era expoente da quarta geração musical da família Fonseca, filha de Miguel Augusto Fonseca de Campos (cantor, flautista e violonista) e de Tânia Guerreiro, neta de Maria Annita Fonseca de Campos (pianista e professora de música, irmã de Wilson Fonseca – o maestro Isoca), e bisneta de José Agostinho da FonsecaA musicista programava este ano ir a Santarém fazer master class na Escola de Música Wilson Fonseca, dirigida por Agostinho Fonseca, filho caçula de Isoca.

Tânia iniciou seus estudos aos 8 anos na Escola de Música de Brasília, concluiu o ensino médio nos EUA, na Interlochen Arts Academy, o bacharelado pela Western Michigan University e o mestrado pelo Cleveland Institute of Music. Foi violista do Youngstown Symphony String Quartet e primeira viola da Youngstown Symphony Orchestra (Ohio). Integrou as Sinfônicas de Kalamazoo e Battle Creek (Michigan), a Wheeling Symphony (West Virginia), a Erie Philharmonic (Pennsylvania) como concertino e a Warren Chamber Orchestra (Ohio). Foi professora do Allegheny College (Pennsylvania). 

Ao lado da irmã, Andréa Campos, Tânia integrou o Duo Violapso, o Trio Súbito, o Quarteto Vienarte, a Orquestra de Câmara Engenho Barroco, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), a Orquestra de Câmara Bachiana, a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Municipal de São Paulo, além de outras. Solou com a Orquestra de Câmara de Brasília, apresentou-se inúmeras vezes como recitalista no Brasil e nos EUA, e foi premiada em diversos concursos para solistas, tendo conquistado o “Presidential Scholar” da Western Michigan University. Juntas gravaram discos. Ultimamente, integravam a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, a Bachiana Chamber Orchestra (dirigida pelo maestro João Carlos Martins) e conjuntos camerísticos. 

O desembargador do Trabalho Vicente Malheiros da Fonseca compôs uma Elegia para Taninha, que retornou à Orquestra do Senhor. Paz à sua alma e consolo à sua família!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

A magia de Walda Marques

Anterior

A farra dos estacionamentos em Belém

Próximo

Você pode gostar

Comentários