
Foto: Carlos Sodré
Em noite de gala, o concerto de abertura do XV Festival de Ópera do Theatro da Paz pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, regida pelo maestro Miguel Campos Neto e com a participação especial da soprano Adriane Queiroz, empolgou a plateia, que aplaudiu calorosamente, de pé, o espetáculo. No repertório, composições de Leonard Bernstein, Giacomo Puccini, Giuseppe Verdi, Antonin Dvorak e Gaetano Donizetti, além de Carlos Gomes, para marcar os seus 180 anos de nascimento e 120 anos de morte. O público, que lotou o teatro, gostou particularmente do detalhe delicado durante a ária “Alvorada” (de Lo Schiavo), que abriu a homenagem: a iluminação especial ao longo de sua execução simulou um amanhecer.

O concerto também celebrou os 20 anos da OSTP, criada em 1996, que desde 2011 é regida pelo carismático e competente maestro Miguel Campos Neto, e tem visivelmente evoluído em suas apresentações, que incluem a ópera “Salomé”, de Richard Strauss, encenada no Festival de Ópera de 2012 e considerada de difícil execução; a sinfonia “A Sagração da Primavera”, de Stravinsky, todas as sinfonias de Beethoven, executadas na temporada de 2013, e este ano a ópera “Turandot”, maior atração do XV Festival de Ópera do Theatro da Paz.

Parauara que mora em Berlim há mais de 15 anos, a cantora lírica Adriane Queiroz emprestou seu brilho ao espetáculo e, como sempre, foi muito aplaudida. A soprano estreou no Festival de Ópera do Theatro da Paz em “O Guarany”, de Carlos Gomes; foi Marguerita, na ópera “Mefistófele”, de Boito, na edição de 2014; interpretou Micaela em “Carmem”, de Georges Bizet e participou da montagem de “La Bohéme”, de Puccini. E de vez em quando se apresenta em Belém, em concertos especiais.
O diretor artístico Gilberto Chaves, o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, o maestro Vanildo Monteiro, regente do Coro Lírico do Festival de Ópera, o maestro e multi-instrumentista Luiz Pardal e o maestro Miguel Campos Neto estão ansiosos para chegar o dia da apresentação da cantata “Los Pájaros Perdidos”, cujo personagem principal é o tempo. “O tempo é o nosso drama humano. Esse espetáculo é audacioso, pois foi imaginado e criado aqui. A cantata é algo totalmente inovador, muito diferente de montar uma apresentação famosa na qual você tem parâmetros”, adianta Gilberto Chaves.
“Turandot”, a última escrita por Giacomo Puccini, estreia no dia 21 e terá novas récitas nos dias 23, 25 e 27 de setembro, e o concerto de encerramento do festival será no dia 1º de outubro. A programação inclui, ainda, palestras gratuitas, o lançamento dos DVDs das óperas “Othelo” e “Mefistófele”, executadas no Festival de 2014; e o lançamento da biografia “Carlos Gomes, Sou e Sempre Serei: O Tonico de Campinas”, do historiador campinense Jorge Alves de Lima, em quatro volumes.
As fotos do maestro Miguel Campos Neto, da OSTP e da soprano Adriane Queiroz são de Carlos Sodré.