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 Tito Barata e o secretário de Estado de Cultura Paulo Chaves
 André Costa Nunes e vários escritores estavam presentes
 Pedro Galvão na leitura da “Carta”
 O restô do Parque da Residência lotou 
O livro de Ruy Barata está disponível para venda
Foi
do jeito que Ruy Barata (1920- 1990) gostaria o sarau lítero-musical de lançamento
do seu “A Linha imaginária e outras Linhas”, ontem, no Restô do Parque da
Residência. Estavam lá muitos familiares, seus amigos e admiradores e havia
música. Pertinho, do lado de fora, a sua estátua, simbolizando a eternidade de
sua obra. O local foi escolhido pelo seu filho Tito Barata, coordenador
editorial do livro, pela ligação representativa e afetiva.
Poeta
e compositor, o próprio nome revela a identidade parauara: Ruy Guilherme
Paranatinga Barata, caboclo mocorongo(no sentido de ser de Santarém). Paranatinga,
de origem indígena, significa rio (paraná) branco (tinga) ou rio de águas
claras. Como bem enfatizou o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves: “todas
as homenagens ao Ruy serão pequenas diante desse Paranatinga tão caudaloso”.
O
publicitário e escritor Pedro Galvão leu o poema “Carta”, feito pelo poeta ao
amigo Francisco Paulo do Nascimento Mendes. Tito lembrou um pouco da história
da obra. “O Ruy não deixou (o livro circular) e agora, 63 anos depois, estamos
relançando o livro, com a revisão feita pelo próprio autor”.
Admirador
da obra de Ruy, o escritor e jornalista João Carlos Pereira realçou o talento
do poeta. “Vale a pena ler Ruy Barata, porque é muito bom. Ele foi um grande
poeta, amigo e um ser humano raro. Um poeta que firmou definitivamente o
lirismo na poesia da Amazônia. Faz uma imensa falta e a paisagem sem ele
diminui”.
Em
ensaio com trecho reproduzido na orelha do livro, o grande Benedito Nunes –
filósofo, escritor, professor e crítico de arte – diz: “Ruy Barata não é um
virtuose do verso, porque é, sobretudo, um criador. A poesia nele tem
nascimento espontâneo, carregando em si, sem prodigalidade, essa riqueza de
imagens que se plasma como elaboração meditada das experiências do poeta. Mas
tal espontaneidade não implica o descuido da forma. Esta se ajusta sem afetação
e recursos verbais excessivos ao que o poeta tem a dizer. Escorre suavemente,
amolda-se à ideia, crava-se na imagem, adapta-se aos seus contornos, de modo
que os versos apresentam uma unidade substancial de matéria e forma.”

A
capa do livro tem projeto gráfico do designer José Antônio Oliveira, com
participação da equipe do Departamento de Editoração e Memória da Secult. O show
“Jazz Abraça Ruy”, do grupo de jazz de Adelbert Carneiro, no Coreto Central do
Parque da Residência e uma apresentação de Paulinho Assunção, Pardal e Nana
Reis – e canja de Paulo André Barata, filho e parceiro musical do homenageado -, com músicas de Ruy e de Waldemar Henrique, deram o tom durante o coquetel.
O livro ficará disponível para venda na sede da Secult e em livrarias de Belém.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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