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O Brasil está vivendo um momento triste e perigoso de desagregação. Quanto mais a crise política e econômica se agrava, mais as pessoas radicalizam. De repente o País passou a se dividir entre “coxinhas” e “mortadelas”, apelidos infames que revelam a falta de respeito a um ícone das liberdades democráticas: o livre pensar e manifestar. 

O acirramento das paixões partidárias tem ensejado cenas deprimentes nas redes sociais, com ofensas gratuitas que, por sua vez, vêm desintegrando amizades e relacionamentos sociais e profissionais. Grupos de WhatsApp que reúnem antigos colegas de colégio, de faculdade e até amigos de infância são implodidos por discursos raivosos. 

A intolerância, que já causou tantas tragédias e crimes contra a Humanidade, grassa.

Aceitar opiniões diversas, conviver pacificamente com os contrários, garantir a palavra e a expressão divergente requer o exercício pleno da cidadania, a pluralidade que sustenta os regimes democráticos. Não raro, os jornalistas têm sido confundidos com a notícia e até com as empresas empregadoras, e condenados a um linchamento moral, sem dó nem piedade e muito menos bom senso. A nação brasileira, historicamente cordata, solidária e alegre mesmo na adversidade, não pode sucumbir ao ódio, cuja face medonha assombra o mundo e hoje mesmo ceifou dezenas de vidas em Bruxelas e dizima populações inteiras em conflitos infindáveis.

O Brasil, para superar este momento difícil, precisa sobretudo de paz social. É dever de cada cidadão e de toda a sociedade contribuir para que ela seja alcançada. O necessário debate político, por mais acalorado que seja, não pode de modo algum resvalar para a violência, em qualquer de suas nuanças.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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