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A Assembleia Legislativa do Pará aprovou à unanimidade o projeto de lei nº 7/2024, da deputada Maria do Carmo Martins Lima, vice-líder do Governo, que declara a obra de José Wilson Malheiros da Fonseca Patrimônio Cultural de Natureza Material e Imaterial do Estado do Pará. A proposição obteve pareceres favoráveis das Comissões de Justiça e Cultura. José Wilson, falecido há dois meses, aos 79 anos de idade, era compositor, instrumentista (piano, trompete e saxofone), poeta, cronista, contista, romancista, professor, magistrado aposentado, jurista, advogado, jornalista e diácono. Membro da Academia Paraense de Letras, da Academia Paraense de Música, da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Maçônica de Letras, da Academia de Letras e Artes de Santarém e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, além de outras entidades artísticas e culturais, deixou importante legado à cultura paraense. A viúva Damea Gorayeb Fonseca, a filha Eula, os filhos Wilson Neto, Fauzy e Amyr Gorayeb da Fonseca foram recebidos pelo presidente da Alepa, deputado Chicão, que manifestou sua alegria pelo justo reconhecimento em lei. “Estamos felizes em dar essa visibilidade tão importante ao talento musical e literário de um santareno que engrandeceu o Pará com suas obras.”

Filho primogênito do saudoso maestro santareno Wilson Dias da Fonseca, o maestro Isoca (1912-2002), o conjunto da obra de José Wilson se destaca na literatura e cultura do Pará e da Amazônia. Escreveu mais de vinte livros sobre temas regionais, musicologia e direito. Há 24 anos ocupava a cadeira de número 35 da APL, onde foi contemporâneo de seu pai e, desde o ano passado, do irmão Vicente Malheiros da Fonseca, fato inédito.

José Wilson é autor do libreto da ópera amazônica “Vitória-Régia, o Amor Cabano”, que tem música de Wilson Fonseca, seu pai (1996) e que ele sonhava ver encenada no Theatro da Paz. Grande parceiro musical do maestro Isoca, é autor da letra do “Hino da Unama” (1995); do “Hino da OAB-PA” e da “Cantata Nazarena” (sobre o Círio de Nazaré), entre centenas de outras obras. Seu álbum “Solo de Bombardino”, com os lundus “Toada do Amor” e “Saudade Santarena”, contemplado pelo “Projeto Uirapuru – o canto da Amazônia”, foi lançado pela Secult em 2003.
A deputada Maria do Carmo pretende lutar pela reedição das obras esgotadas e pela publicação das inéditas, inclusive a montagem da ópera, que trata sobre a Cabanagem e cairia muito bem dentro do Festival de Ópera de 2025, na programação da COP 30.

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