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Cenas chocantes de violência circulam em vídeos nos grupos de WhatsApp desde ontem, 19, mostrando ações de limpeza higienista na Feira da 25, no box do Romário Mariscos, que fica entre a Trav. das Mercês e a rua Antônio Baena, no sentido São Brás-bairro do Marco, em Belém do Pará. As imagens mostram claramente policiais militares e outros identificados como vigilantes da empresa de segurança Braga, espancando com requintes de perversidade pessoas em situação de rua que estavam dormindo.

Urge que se identifique imediatamente, tome as armas, afaste das ruas e e que o Ministério Público do Estado do Pará promova a devida ação penal contra os agressores, assim como quem deu tal ordem. Há denúncias de pessoas que têm medo de se identificar de que, além de mendigos, catadores de latinhas e outros materiais recicláveis também estão sendo vítimas de atos de selvageria, em vários bairros de Belém. O governador Helder Barbalho precisa cobrar essa apuração, que é um clamor de toda a sociedade, fato de interesse público e que requer providências do Estado. Nada justifica tanta barbárie. A crueldade não pode ser banalizada, é crime.

A pandemia acentuou a pobreza e a desigualdade no Brasil. Proliferam as habitações precárias, subumanas, a fome, a falta de saneamento ambiental e a supressão de direitos que lança as famílias em situação de rua. Grupos solidários se mobilizam para oferecer lençóis, alimentos e artigos de higiene pessoal a tantos vulneráveis, mas a demanda é cada vez maior. A indignação perante a violência é a única possibilidade de a humanidade se recuperar em perspectiva renovadora, revolucionária no sentido da garantia dos direitos humanos e de cidadania.

A eugenia (termo que vem do grego e significa “boa origem”) adotada pelo nazismo foi concebida ainda no século XIX. Mas Hitler, auxiliado por Heirich Himmler e um grupo de médicos e cientistas que apoiavam o Reich, levou a cabo um projeto que tinha o propósito de “purificar” a sociedade dos “seres indesejáveis”. Entre esses os que viviam confinados em hospícios e asilos, crianças com algum problema grave de saúde e deficientes físicos, pessoas que julgavam inferiores ou, de algum modo, nocivas. Ao fim da II Guerra Mundial, em 1945, seis milhões de seres humanos tinham sido mortos nos campos de concentração.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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