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Incrível que, às vésperas dos 400 anos de Belém, com uma comissão com quatrocentos membros criada para sugerir boas ideias, a prefeitura esteja desfigurando a Praça Santos Dumont, eterna Praça Brasil, com a construção de horrendo banheiro de tijolo bem ao lado da estátua do Índio. A praça, erguida em homenagem à Pátria e com referência expressa à nossa origem indígena, que vista de cima  tem o formato da bandeira do Brasil, foi inaugurada na administração do prefeito Abelardo Conduru, no dia 1º de maio de 1935,  e já foi chamada também Praça do Índio. Trata-se de verdadeiro ícone do bairro do Umarizal, a floresta que virou asfalto e concreto, celebrado pelo poeta da negritude amazônica, Bruno de Menezes. Na desmemoriada Cidade Morena, é hora de as vozes cidadãs se elevarem a fim de não permitir que se consume esse atentado contra o patrimônio cultural. Que banheiros públicos são necessários, não se discute. Porém, eles podem e devem ser construídos sem ofender a História e o conjunto arquitetônico. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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