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Fotos: Sidney Oliveira
 Foto:Eliseu Dias

 Fotos: Rodolfo Oliveira
Quando o mar de gente toma conta das ruas de Belém em volta da berlinda carregando a pequena imagem de Nossa senhora de Nazaré, é impossível conter a emoção. São quase dois milhões de pessoas num percurso de 3,5 Km entre a Catedral da Sé e a Basílica Santuário, percorrido por milhares de fiéis na grande procissão do Círio, que dura em torno de seis horas e acontece há 222 anos. 

Doze romarias integram o calendário oficial do Círio, além das 15 noites com shows do Círio Musical, na Praça Santuário.
Voluntários da Cruz Vermelha fazem a retaguarda, ao lado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) 192 e de hospitais públicos e particulares. Sete postos fixos foram instalados em todo o trajeto da procissão, munidos de estrutura de urgência e emergência, incluindo equipamentos como desfibriladores, oxímetros e cilindros de oxigênio; e três postos móveis, com ambulâncias disponíveis em pontos estratégicos. Correu tudo dentro do esperado. Houve muitos casos de hipertensão e desidratação, mas nada grave. 
A maior parte dos atendimentos foi de ocorrências de desmaios e queda da pressão arterial devido ao calor. Tropas da PM, somando seis mil homens, além do efetivo da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Detran-PA e Centro Integrado de Operações (Ciop),  atuam para garantir a segurança. Mais de 27 mil profissionais, incluindo os da área da saúde, trabalham no esquema especial montado pelo Governo do Estado. Guarda Municipal de Belém, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuam em conjunto. 

Organizado pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) e já tradicional nas programações do Círio, o Grand Coral encantou quem passou pela avenida Presidente Vargas. O coral é composto por cantores profissionais e amadores de Belém e também por idosos. Durante quase dois meses eles se prepararam para a apresentação deste domingo, que contou com um repertório de canções marianas como “Senhora da Berlinda” e “Maria, Maria”, que incluiu o samba-enredo de 1975, composto por Dominguinhos do Estácio para homenagear a “Festa do Círio de Nazaré”. 

Durante a procissão de hoje foram várias as homenagens musicais ao longo do trajeto por onde a berlinda com a imagem da Senhora de Nazaré passou. Na Estação, a padroeira foi saudada com a apresentação da cantora lírica Patrícia Oliveira e pela banda da Polícia Militar, regida pelo Tenente Genilson Machado. 

Outra tradição é mantida há vinte anos, à base de “vaquinha” pelos servidores da Casa Civil da Governadoria, que montam um posto na Estação das Docas para distribuir água aos romeiros. Este ano foram 150 mil copos de água mineral entregues a quem passava pelo local. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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