A Secretaria de Estado de Saúde Pública divulgou ontem Informe Epidemiológico sobre a dengue no Pará, e confirma 3.287 casos da doença este ano em todo o Estado, até o dia 30 de julho. No mesmo período do ano passado, foram 2.427 ocorrências, o que representa aumento de 26%. Belém é o município que mais registrou doentes com dengue este ano: 940 no total.
Os outros municípios com maior incidência são Parauapebas (287), Altamira (236), Senador José Porfírio (177), Canaã dos Carajás (113) e Alenquer (102). Três mortes por dengue foram confirmadas em 2015, duas em Belém e uma em Rurópolis, sudoeste do Pará.
Os outros municípios com maior incidência são Parauapebas (287), Altamira (236), Senador José Porfírio (177), Canaã dos Carajás (113) e Alenquer (102). Três mortes por dengue foram confirmadas em 2015, duas em Belém e uma em Rurópolis, sudoeste do Pará.
A situação é séria e merece cuidados e atenção especial de toda a sociedade. Para que façam uma ideia da gravidade, compartilho minha experiência pessoal: em meados de maio, meu marido foi acometido de febre alta repentina, beirando os 40 graus, fortes dores musculares e nas articulações, fadiga intensa. Não conseguia se alimentar, sequer tomar água. Na emergência da Unimed Batista Campos, a médica mandou fazer exame de sangue para ver se era dengue, não foi conclusivo, e apenas receitou antitérmico, disse que não há vacina nem remédios e que deveria descansar e beber muita água. Só que, como ele não comia nem bebia qualquer coisa, no outro dia fomos lá de novo, ele fez medicação antitérmica, antiinflamatório, exame de sangue não conclusivo e, de novo, a receita foi de repouso e água. Em casa, como ele não urinava e não tinha forças sequer para assinar o nome, fiquei apavorada e procurei atendimento no Instituto Evandro Chagas. Não sou médica mas sei que se os rins não funcionam o organismo todo pode entrar em falência. Além do que poderia ter convulsão pela febre alta que não cedia mesmo com forte medicação, além de outras complicações, inclusive cardiológicas. De início, não consegui porque só são feitos exames com encaminhamento médico. Aleguei que houvera erro médico em não fazer o devido encaminhamento, já que havia a suspeita de dengue. E que ele não podia pagar com a vida por falta do tal encaminhamento. O professor doutor Francisco Luzio, cientista que dirige o atendimento do IEC, concordou em atendê-lo e ficou impressionado com os sintomas. Até tirou fotos do antebraço inchado e que fazia manchas vermelhas ao mero aperto com as mãos,para suas pesquisas. Suspeitou de dengue ou de Chikungunya, ambos transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti, e mandou fazer a sorologia. Orientou quanto à reidratação e monitoramento. Fomos de novo para a Unimed Batista Campos, onde relatei as providências junto ao Instituto Evandro Chagas, e lá tivemos a sorte de o médico plantonista ser o Dr. Carlos Mousinho, cardiologista, que providenciou a correta hidratação e monitoramento diário com exames de sangue, alertando quanto à queda vertiginosa de plaquetas, que caíram de quase 400 mil para apenas 60 mil, chegando quase ao ponto de necessitar de transfusão sanguínea. Meu marido teve hemorragia intensa pelo nariz, mas felizmente não precisou de transfusão de sangue. Depois de 15 dias, os exames feitos no Instituto Evandro Chagas atestaram que se tratava de dengue. Se não tivessem sido tomadas todas essas providências, poderia ter morrido. É este o meu alerta. A dengue em si não mata, mas suas complicações, sim! É inaceitável que médicos simplesmente mandem o doente descansar e tomar água, sem alertar as famílias acerca do que pode acontecer em razão da desidratação, por exemplo.
Em 2015, oito casos importados do vírus chikungunya foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes Aegypti, e levam a sintomas parecidos. Mas as doenças têm gravidade diversa: a dengue é a mais perigosa e pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes Aegypti, e levam a sintomas parecidos. Mas as doenças têm gravidade diversa: a dengue é a mais perigosa e pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes.
Serviço de utilidade pública: mais informações sobre dengue, chikungunya e zika são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde. Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).
Ananindeua: (91) 3073-2220
Marabá: (94) 3324-4904
Marituba: (91) 3256-8395
Santarém: (94) 3524-3555
Tucuruí: (94) 3778-8378.
Ananindeua: (91) 3073-2220
Marabá: (94) 3324-4904
Marituba: (91) 3256-8395
Santarém: (94) 3524-3555
Tucuruí: (94) 3778-8378.
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