Publicado em: 2 de junho de 2017
Aquela que é tida como a mais antiga das profissões, historicamente forçada à clandestinidade, hoje ganha visibilidade. Desde 1975, o 2 de junho é tido como o Dia Internacional das Prostitutas, lembrando a ocupação da Igreja de Saint Nizier, em Lyon, por prostitutas que protestavam contra a intensa repressão policial que sofriam. No Brasil, Gabriela Leite trocou a faculdade pela prostituição – que exerceu em São Paulo, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, onde criou, ao lado da paraense Lourdes Barreto, a Rede Brasileira de Prostitutas e a Ong DaVida, em 1992. Em 1987, juntas realizaram o I Encontro Nacional de Prostitutas. Mas não fica só nisso o protagonismo e pioneirismo parauara.

No dia 02 de junho também é comemorado em várias capitais do Brasil o Puta Dei, que foi criado pelo Gmpac – Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, presidido por Lourdes Barreto, de 74 anos, e sua filha Leila, que atua nos dois sentidos, artístico e político, e também idealizou o Blog das Esquinas. Este ano, o Puta Dei celebra os 30 anos do movimento de prostitutas no Brasil.
Quem passou hoje pela esquina da rua Riachuelo com Padre Prudêncio, no bairro da Campina, em Belém, deparou com um enorme falo instalado pelo Gempac, dentro da programação pensada para chamar a atenção da sociedade para a luta por direitos da categoria. Profissionais do sexo inventaram a “Corrida de Calcinha”, que há poucos minutos percorreu o “Quadrilátero do Amor”, nas ruas da antiga zona de meretrício da cidade.
Também estão acontecendo palestras, debates e sessões de audiovisual. Em pauta, violência, feminismo e sexualidade.
Comentários