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Na virada deste dia 25 de abril, centenas de vozes se ergueram no Largo do Carmo, em Lisboa, para cantar em uníssono “Grândola, Vila Morena“. À meia-noite, a canção símbolo da Revolução dos Cravos voltou a ecoar onde, há 51 anos, caía a ditadura em Portugal.

Emocionados, jovens de várias idades e partes do país e do mundo entoaram os versos que anunciaram liberdade, fraternidade e o fim de um regime autoritário. Muitos vestiam cravos vermelhos, outros traziam cartazes com trechos da música e frases de resistência. Todos partilhavam a certeza de que lembrar é também lutar para não repetir.

O Largo do Carmo — palco do cerco ao quartel do então primeiro-ministro Marcelo Caetano em 1974 — permanece como espaço de memória viva. A cada ano, o gesto de cantar Grândola reascende o compromisso das novas gerações com a democracia, a justiça e os direitos conquistados.

Porque 25 abril deve ser todos os dias. E a voz do povo continua a ser uma força que transforma.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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