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O tradicional Colégio Estadual Paes de Carvalho, que formou gerações de ilustres intelectuais, governantes e magistrados do Pará, tem sido vítima constante de ladrões que saqueiam seu precioso patrimônio, que além de histórico é público. A professora Aline, diretora da escola, não sabe mais a quem apelar. Os meliantes já levaram toda a fiação elétrica, deixando os ambientes num calor infernal e na escuridão. Pelo menos dez turmas estão sem aula porque as salas estão sem condições de funcionar. Ademais, os bandidos, além de roubarem a escola, ameaçam estudantes, professores e servidores.

Na quarta-feira passada, mais uma vez o CEPC foi invadido. Os criminosos foram filmados e as imagens estão à disposição da polícia. Todo mundo do entorno sabe quem são, mas continuam impunes, por isso mesmo cada vez mais audaciosos. Tanto que também invadiram a Academia Paraense de Letras, que fica ao lado do Colégio Paes de Carvalho. O presidente da APL, Ivanildo Alves, que além de literato é advogado criminalista e professor de Direito Penal, registrou boletim de ocorrência na Seccional do Comércio da Polícia Civil e pediu socorro à Polícia Militar, mostrando as imagens dos ladrões em plena ação, debochando das vítimas, porque não são presos. Precisou ficar de plantão na Academia durante todo o final de semana, contratar eletricistas e outros profissionais de segurança para evitar uma invasão anunciada no sábado e domingo.

Os dois prédios foram alvos dos malfeitores mais de sete vezes só no ano passado. Os dirigentes de ambas as instituições instalaram defensas em todos os quadrantes. A escola e a mais antiga Casa da Cultura do Pará estão cheias de concertinas (cercas de arame farpado em formato helicoidal, com lâminas afiadas), parecem penitenciárias. Tudo porque a polícia não dá segurança. Espera-se que desta vez seja aberto pelo menos inquérito policial.

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