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FOTO: BELÉM TRANSITO
O
trânsito de Belém, que já é diariamente um desafio à paciência, hoje virou
calamidade pública. Tudo porque o Sindicato dos Rodoviários resolveu interditar
todas as vias principais da capital, até que seja relaxada a prisão do
motorista de ônibus Jorge Luiz Silva Fernandes, da linha Jibóia Branca/Ver-o-Peso,
envolvido em um acidente ocorrido na sexta-feira (9), quando um idoso morreu, na
esquina da Tv. Perebebuí com a Av. Almirante Barroso.
Ele bateu na
traseira de um carro dirigido por uma mulher e esta atropelou a vítima, que
trafegava numa bicicleta. Os sindicalistas querem que ela seja tratada tal qual o motorista, indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de
matar).
Desde cedo os ônibus pararam e fecharam
as avenidas Presidente Vargas, Governador José Malcher, Assis de Vasconcelos, Estrada
Nova e o boulevard Castilhos França, isolando a área do Ver-O-Peso, Cidade
Velha, Campina e Comércio. Com a Av. Júlio César e a Arthur Bernardes bloqueadas,
o acesso ao aeroporto ficou inviável. A Almirante Barroso parou, assim como Mundurucus,
Tamandaré, Padre Eutíquio, Doca de Souza Franco e outras artérias importantes,
onde há veículos trafegando na contramão, para fugir ao bloqueio. O buzinaço é
insuportável em toda a cidade.
Para completar o caos, empregados do Supermercado
Líder e do Big Serviço das Drogarias Big Ben paralisaram as atividades.
O retrato da precariedade do transporte
público finaliza com o incêndio de um ônibus da empresa Modelo, em Santa Isabel
do Pará. Felizmente, sem registro de vítimas.
E a AMUB (ex-CTBel) está fechada hoje
porque mudou de endereço. Na segunda-feira, o atendimento começa no prédio da
Av. Júlio César, nº 1026.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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