Publicado em: 29 de maio de 2025
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) começa nesta quinta-feira, dia 29 de maio, a programação de inauguração de cinco novas afrotecas em escolas públicas de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná. A iniciativa, desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq), é coordenada pelo professor Luiz Fernando de França e vinculada ao curso de Licenciatura em Letras do Instituto de Ciências da Educação (Iced) da Ufopa. Os novos espaços consolidarão práticas pedagógicas antirracistas e afrocentradas no cotidiano escolar da região Oeste do Pará.
Com investimento de R$ 695.310,00 do Ministério da Igualdade Racial (MIR), em parceria com a Ufopa e prefeituras municipais, as novas unidades serão implantadas até o mês de julho. Quatro delas estarão situadas em comunidades quilombolas. As afrotecas são ambientes lúdicos e educativos compostos por livros, brinquedos, jogos e instrumentos musicais que priorizam a representatividade racial, o brincar livre e a valorização das culturas africanas e afro-brasileiras.
A primeira unidade a ser inaugurada será a Afroteca Kiriku, no dia 29 de maio, às 16h, na Escola Municipal Vitalina Motta, em Belterra, às margens da BR-163. No dia seguinte, 30 de maio, às 10h, será a vez da Afroteca Bucala, na Escola Municipal Nossa Senhora do Livramento, localizada no Quilombo Saracura, em Santarém. Em junho, no dia 20, será inaugurada a Afroteca Marina dos Santos, na Escola Municipal Boa Vista, no Quilombo Boa Vista, em Oriximiná. Já em julho, outras duas unidades serão entregues: a Afroteca Abayomi, no dia 25, às 14h, na Escola Municipal Peafú, no Quilombo Peafú, em Monte Alegre; e a Afroteca Ambirá, no dia 28, às 10h, na Escola Municipal Martinho Nunes, no Quilombo Pacoval, em Alenquer.
Além de fortalecer o currículo escolar com conteúdos previstos pela Lei nº 10.639/2003, que torna obrigatória a abordagem da história e cultura afro-brasileira nas escolas, as afrotecas criam espaços simbólicos de pertencimento e valorização das infâncias negras. “As afrotecas são uma tecnologia educacional antirracista composta por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais. Elas foram inicialmente pensadas para as crianças e projetadas para construir, em unidades escolares, uma educação antirracista e afrocentrada”, afirma o professor Luiz Fernando de França.
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