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A torcida Remo Antifascista divulgou nota nas redes sociais denunciando e repudiando o ocorrido no primeiro jogo oficial do Clube do Remo deste ano, no Parazão. Mesmo com o forte calor em Belém do Pará, as pessoas foram impedidas de entrar no Estádio Olímpico Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão, com garrafas de água de uso pessoal, nem para crianças foi permitido.  No jogo do Paysandu no sábado aconteceu do mesmo jeito, o que viola a Portaria 35/2023 do Ministério da Justiça, editada ano passado após a trágica morte de uma jovem em show, por conta das altas temperaturas no Rio de Janeiro (RJ) e falta de acesso a água.

Nas dependências do estádio o copinho de água mineral era vendido a preços exorbitantes: R$ 10 pelos ambulantes e R$ 5 nos bares. O estacionamento custa R$30. Se existem bebedouros no estádio, não havia informação nem sinalização de onde estavam. Muita gente que estava passando mal foi abrigada a beber água da torneira nos banheiros do estádio, o que é inadmissível.

As torcidas organizadas estão cobrando da Federação Paraense de Futebol, da Seel e dos próprios clubes que atuem para garantir acesso a água nos eventos esportivos, com oferta de bebedouros gratuitos em locais estratégicos e amplamente sinalizados, coibir os preços abusivos cobrados pelo copo de água nos estádios, além da liberação de garrafas de água das pessoas, conforme a lei manda. 

O acesso à água potável é um dos mais básicos direitos humanos, e está sendo negado em prol do lucro e da ganância, acusam os torcedores, com justa indignação. Até que aconteça outra tragédia anunciada.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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