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Eu não fui convidada para integrar a comissão encarregada dos festejos dos 400 anos de Belém nem pediram a minha opinião, mas mesmo assim vou dar uma série de sugestões ao prefeito Zenaldo Coutinho, como cidadã que ama Belém, cidade que adotei há mais de 30 anos.  

Belém é mal sinalizada. E sequer seus habitantes conhecem o significado dos nomes atribuídos aos seus bairros e vias públicas. Nem todas as ruas têm placas indicativas e muitas delas estão com seus nomes grafados com erros grotescos de Português, verdadeiro lixo ortográfico. A Prefeitura prestaria grande serviço à História, à Educação e ao turismo, facilitando inclusive a mobilidade urbana, com uma campanha de identificação de todos os bairros e ruas, com placas adicionais contando o porquê de cada denominação, como forma de resgate da memória do município. Nas áreas tombadas como Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Paisagístico e Ambiental e nos sítios arqueológicos, as edificações  mais relevantes deveriam ter sua história contada resumidamente em placas, assim como deveriam ser identificados os lugares onde vultos da Literatura, da Música e das artes plásticas residiram ou elaboraram sua produção.

Nada disso é difícil ou complicado nem configura invenção da roda. E tudo pode ser executado sem criar despesas aos cofres públicos, em parceria com a iniciativa privada, que certamente lucraria com a exposição de suas marcas nas placas, além de sua imagem ficar associada à beleza da cidade e ao cuidado com ela.

Aproveito para sugerir o mesmo ao prefeito Alexandre Von, da minha amada terra natal, Santarém, e a todos os prefeitos que querem cuidar bem de suas cidades e fazer delas um lugar aprazível para moradores e visitantes.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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