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Os sócios da Assembleia Paraense estão indignados com a decisão da diretoria do clube em ceder sua sede campestre localizada na Av. Almirante Barroso para recepcionar o casal Michelle e Jair Bolsonaro, às 18h do próximo dia 7 de maio, quando o ex-presidente da República visitará Belém do Pará. Os anúncios do evento estão sendo feitos em cards nas redes sociais e em texto disseminado através de grupos de WhatsApp, informando que a entrada será gratuita e que pessoas com necessidades especiais terão um local VIP. “As portas da AP estarão abertas aos patriotas de direita, conservadores e cristãos, tementes a Deus e de todos os segmentos. Deus, Família, Pátria e Liberdades!”

Acontece que o estatuto da AP reza, nas disposições gerais do Título VI, artigo 123, que “os órgãos dirigentes não adotarão qualquer atitude de proselitismo político-partidário ou religioso, reprimindo qualquer iniciativa neste sentido.” Ou seja, Lula ou Bolsonaro, nenhum poderia usar a estrutura do clube. E além de a diretoria contrariar o que o estatuto proíbe expressamente, sequer informou aos associados, que ficaram sabendo do evento pela internet e se sentem desrespeitados. Centenas de sócios estão se manifestando no sentido de abandonar o clube. Vão vender seus títulos e boicotar até os shows musicais de lá.

A revolta está tão grande que hoje vai ter uma reunião ordinária e muita gente que nem iria agora vai e a pauta principal será essa.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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