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O Conselho Nacional das Populações Extrativistas celebrou 40 anos de história, luta e resistência em defesa dos povos das florestas e das águas. No Espaço Chico Mendes e Fundação BB na COP30, em Belém (PA), reuniu lideranças históricas, parceiros institucionais e extrativistas de todos os biomas brasileiros.

A programação iniciou com uma homenagem às lideranças que fundaram o CNS e a entrega do Certificado de Reconhecimento como Cidadã da Floresta para a jornalista Zezé Weiss, que há mais de 50 anos escreve a história do movimento dos seringueiros do Brasil. Também foi lançado o livro “40 anos de lutas, conquistas e resistências”, obra que registra a trajetória do movimento. A publicação foi escrita e organizada pela vice-presidente do CNS, Letícia Moraes, com a colaboração de cofundadores, pesquisadores e apoiadores.

“Há 40 anos nossa juventude não tinha letramento, e hoje reunimos histórias contadas por quem vive e luta nos territórios. Queremos mostrar como a luta do seringueiro se entrelaça com tantas outras na Amazônia”, comentou Letícia Moraes.

Estiveram presentes o presidente do CNS, Júlio Barbosa; o presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires; a antropóloga e referência histórica do movimento, Mary Allegretti; a presidente do Comitê Chico Mendes, Ângela Mendes; o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, Nilson Gabas Jr.; uma das cofundadoras do CNS e do PT, Julia Feitoza; e o diretor-executivo da Fundação Banco do Brasil, Gilson Lima, entre outras autoridades.

Durante o evento, Joaquim Belo, secretário de Formação e Comunicação do CNS, reforçou o simbolismo do momento. “O CNS nasceu para cuidar da vida por inteiro — do território e de quem vive nele. Nossa história cabe em muitos livros, mas este é especial porque é contado por quem construiu essa luta. O legado de Chico Mendes está aqui: é o legado de uma luta social que atravessa gerações”.

Além do lançamento do livro, a celebração contou com apresentações culturais, parabéns coletivo com a diretoria do movimento, escolha do mister e miss extrativista, bolo e show do cantor Zake Sá.

A comemoração reforçou o papel central do CNS como uma das mais importantes redes de defesa socioambiental do Brasil, mantendo vivo o legado de Chico Mendes e das lideranças que construíram, ao longo de quatro décadas, um dos maiores movimentos comunitários de proteção da floresta no mundo.

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