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Alessandra Korap, uma das lideranças mais destacadas do movimento indígena parauara, fez importante reflexão, que merece ser ouvida e internalizada. As pessoas precisam entender o que está acontecendo com a educação no Pará, não só a indígena. Tomar conhecimento das dores desses povos que foram e são massacrados há mais de quinhentos anos, discriminados, abandonados pelo Estado brasileiro, submetidos a atrocidades indizíveis, mas que têm uma capacidade incrível de lutar por seus direitos, de se organizar, de perpetuar seu modo de vida, seus saberes ancestrais, de resistir e não desistir nunca. E de conseguir achar alegria ainda que em meio às adversidades. Uma lição de vida emocionante.

Os mais de trezentos indígenas que ocupam a sede da Seduc-PA comem e dormem no chão duro, quando chove ficam molhados mesmo dormindo, se alimentam graças à solidariedade da população, que apoia maciçamente o movimento. Ali estão muitas crianças, que sofrem as mesmas privações que os adultos, estão adoecendo tanto pelo ambiente físico ruim quanto pela imensa pressão psicológica. O relato de Alessandra é um soco no estômago. “Quando as mulheres tomam banho à noite são iluminadas pelas viaturas da PMPA”. Essa situação não pode ser ignorada. É de clamar aos céus tanto sofrimento.

Assistam ao vídeo.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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