0

Operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel resgatou oito trabalhadores, 7 homens e 1 mulher, em carvoaria no município de Dom Eliseu, nordeste paraense. O grupo integrado pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública da União, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal verificava denúncias de trabalho degradante em localidades situadas na divisa do Pará e Maranhão.

Na carvoaria o grupo constatou que os trabalhadores dormiam em barracões de madeira e cobertos com lona, em ambiente quente, sem higiene ou proteção adequada contra intempéries. Também não havia banheiros. A água utilizada para consumo era proveniente de um córrego, filtrada ou bebida diretamente em uma caixa d’água onde era armazenada.
Nenhum dos oito trabalhadores tinha Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) assinada, logo sem direitos a depósitos fundiários, 13º salário, férias, exames admissionais ou periódicos, entre outros. Eles ficavam alojados no local durante toda a semana, submetidos a jornada excessiva, especialmente no caso do carbonizador. Os trabalhadores não utilizavam Equipamentos de Proteção individuais (EPI) como luvas e máscaras, apesar do trabalho no carregamento de madeira e com forte presença de fumaça oriunda dos fornos.
Todos os trabalhadores resgatados eram do Maranhão. Eles receberam parte das verbas rescisórias e a liberação das guias de habilitação ao seguro-desemprego. De acordo com o procurador do Trabalho Maurel Selares, “serão ajuizadas reclamações trabalhistas pela DPU e MPT para a obtenção das demais verbas dos trabalhadores, não houve assinatura de termo de ajuste de conduta pelo empregador”.

Prefeitura de Belém resgata um ícone

Anterior

Fazer uma vaquinha

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários