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A uma hora dessas, uma parte de vocês, ilustríssimos leitores, já se deparou com a noticia de que houve um evento sísmico em Portugal, mais precisamente em Sines, no Alentejo. 

Pois bem, estou a 28km de Sines, hospedada na bucólica São Luís, aldeia do distrito de Beja. Nesta madrugada, a certa hora, acordo com um tremor. Pensei imediatamente: que sonho maluco! Olhei para o meu gatinho humano, que dormia inabalável, nos moldes da nossa pessoa felina, e voltei a dormir. Não sei se passou um minuto ou uma hora e senti de novo tudo tremer. “Pronto, acho que não era sonho e sim um espírito obsessor”. Claro, óbvio e ululante, o que mais poderia ser, não é mesmo? Nem abri os olhos. Dormi copiosamente bem.

De manhã, quando acordei, a internet já estava tomada de reportagens sobre o terremoto em Portugal, e recebia mensagens dos amigos do Norte a perguntar se estou bem. Sim. Estou bem depois de uma catástrofe natural ignorada com todo o sucesso. Espero que, no caso de um evento que represente perigo à vida, eu não resolva apenas considerar que estou ficando doida e não volte simplesmente a dormir.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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