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Em entrevista exclusiva para o Uruá-Tapera concedida na Blue Zone da COP30, o reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Clay Chagas, destacou a importância das universidades da Amazônia na geração de conhecimento científico voltado à mitigação das mudanças climáticas. Segundo ele, as instituições de ensino superior da região desenvolvem tecnologias e pesquisas fundamentadas nos saberes locais e ancestrais, contribuindo com soluções concretas para a crise ambiental. “Nós temos tecnologia, nós temos uma ciência, mas não é uma ciência qualquer, é uma ciência que está diretamente relacionada ao saber regional, ao saber de Amazônia”, afirmou.

Clay Chagas ressaltou que a realização da conferência em Belém marca um momento histórico para a valorização do conhecimento amazônico e a quebra da lógica de dependência intelectual. O reitor definiu o evento como um símbolo de resistência dos povos da região e de afirmação de seus saberes como ciência legítima. “Essa COP também é uma COP de resistência dos povos daqui”, disse, sublinhando a relevância da participação popular nas discussões climáticas. Para ele, o grande legado da conferência é “mostrar ao mundo que, para além da floresta, há pessoas, cultura e ciência”, e que a Amazônia deve ser reconhecida como um polo de conhecimento, inovação e compromisso com o equilíbrio ambiental.

Confira a entrevista:

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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