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Fotos: Cláudio Santos

Após meses fechado para restauro, o Theatro da Paz foi reaberto hoje, totalmente recuperado, pelo secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, e pela diretora do Sistema Integrado de Teatros, Maria Sylvia Nunes. O primeiro grande evento já está marcado: o X Festival de Ópera, a partir do dia 8 de novembro, com a encenação da ópera “Tosca”, de Giacomo Puccini, e “Carmina Burana”, de Carl Orff, cantata de 1937 que traz poesias medievais e cantos populares da época.
Além dessas montagens, “O Guarani”, do maestro Carlos Gomes, será apresentado em espetáculo de balé. O festival também oferecerá oficinas de canto, iluminação cênica, técnica vocal e uma palestra com o renomado Sérgio Casoy, sobre a obra de Puccini. O encerramento da programação será em grande estilo, ao ar livre, com duas orquestras, a Sinfônica do Theatro da Paz e a do projeto Vale Música.
Inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, na fase áurea do ciclo da borracha na Amazônia, o Theatro da Paz é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e considerado um dos principais teatros-monumentos brasileiros.
Sua arquitetura foi inspirada no Teatro Scala, de Milão, na Itália, com destaque para o estilo neoclássico em todos os seus detalhes. Compõem a decoração peças da França (em bronze, cristal e porcelana), Inglaterra e Bélgica (ferro), Itália (mármores de diversas qualidades), Estados Unidos (lustre do salão de espetáculo). O piso é outra obra de arte, de madeiras amazônicas – pau amarelo, pau vermelho e acapu – que o transformam em obra-prima do patrimônio histórico do Pará.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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