Fundado pelo músico Tarcísio Resende, mestre da percussão pernambucana, o grupo Quebra Baque celebra duas décadas realizando uma oficina nesta sexta-feira, 19, e bate-papo seguido de cortejo, no sábado, dia 20, a partir das 16h, no Sesc Ver-o-Peso, com apoio da Prefeitura de Belém. Autor de três livros “Batuque Book Maracatu”, “Batuque Book Caboclinho” e “Batuque Book Forró”, o músico pesquisa ritmos percussivos do Pará, com foco no Maracatu e suas vertentes.
A oficina de construção de instrumentos percussivos com material reaproveitável e ritmos nordestinos é amanhã das 9h às 12h, com a participação de 50 crianças e cerca de 20 adultos acompanhantes de alunos da Escola Municipal Milton Monte, da Ilha do Combu, e por crianças atendidas pelo Instituto Diana Coelho, do bairro do Barreiro, e do Instituto Felipe Smaldone. Haverá intérprete de Língua Brasileira de Sinais para 15 crianças surdas. “Embora não consiga ouvir, o surdo sente a música pela vibração e é por meio dela e da acessibilidade em Libras que ele consegue diferenciar os ritmos e sentir os movimentos. É de fundamental importância a participação deles em uma oficina de sons no intuito de quebrar essa barreira de que o surdo não pode dançar, não pode sentir ou não pode se emocionar com uma música”, explica Leilane Monteiro, professora e intérprete de Libras.
A oficina apresenta as possibilidades de construção de instrumentos percussivos com material descartado/lixo e, consequentemente, sua transformação em algo útil. Todo o material é fornecido pelo projeto.
O Instituto Diana Coelho atende crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Acima de tudo, desenvolvemos ações voltadas para a saúde e bem-estar dessas crianças. Por isso, acreditamos que essa experiência será uma saída do ambiente em que elas e eles estão acostumados aqui no bairro e nas redondezas”, diz a professora e diretora do Instituto, Cynara Avelar.
O Sismube, que coordena as ações de formação leitora nos espaços educativos do município de Belém, dialogando a partir da leitura literária, possibilita a participação de estudantes e professores em ações artístico-culturais da cidade. “Para a oficina do Sesc Ver-O-Peso o convite foi feito a uma escola na região insular de Belém por causa do projeto voltado ao carimbó, intulado Pirão de Açaí, desenvolvido pelo professor Cecílio, da Escola Milton Monte, na ilha do Combu”, explica Andrea Cosy.
No sábado o bate papo para troca de experiências com artistas locais e público em geral será das 16h às 17h, no Sesc Ver-o-Peso e, em seguida, sairá o cortejo pelo Boulevard da Gastronomia e orla da Estação das Docas.
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