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Na quinta-feira 15, no painel “Inteligência Artificial Aplicada à Fiscalização”, do 3º Laboratório de Boas Práticas, em São Paulo, o auditor de TI do Tribunal de Contas do Estado do Pará, Patrick Alves, destacou a Plataforma açAÍ. Apesar do nome sugestivo, por conta do tradicional açaí paraense, trata-se da abreviação de “Aplicações Corporativas Assistidas por Inteligência Artificial”. A inovação, criada em 2024, além de facilitar o acesso à informação, automatiza tarefas repetitivas, promovendo mais eficiência, acessibilidade e compreensão. Durante a apresentação, o analista destacou a importância da IA no apoio à tomada de decisões e na criação de documentos básicos para servidores e membros da Corte.

Entre os produtos já desenvolvidos na plataforma estão Extrator de Publicações do DOE, usado no sistema de fiscalização de transferências voluntárias; Chatcontas, assistente virtual treinado para interpretar normas, legislação e documentos; Integração e-TCE, que torna mais rápido e descomplicado o estudo de processos; Bases do Usuário, que analisa documentos garantindo que nada passe despercebido; CandidatosPV, que identifica processos aptos ao Plenário Virtual; e o Validador de Documentos, que extrai informações de PDFs para validação automática.

Já o Painel Estratégico de Riscos de Obras Públicas, exposto pelo auditor de controle externo Brynner Barbosa de Brito, mostrou que a ferramenta do TCE-PA usa técnicas de segmentação de dados e calcula previamente o grau de risco, facilitando a priorização das ações de fiscalizações, pois permite selecionar obras e serviços de engenharia a serem fiscalizados com base em critérios de relevância, materialidade e risco. 

Brynner contou que o conceito surgiu a partir da dificuldade de selecionar as obras a serem fiscalizadas. Na época, os servidores tinham em mãos apenas uma planilha com uma grande quantidade de dados e de difícil entendimento. Os próprios auditores da Corte criaram o painel utilizando a ferramenta power BI (inteligência de negócios) e saíram de uma realidade complexa para uma interface mais clara e precisa. Ele cita, que dentre 1.022 obras, duas foram identificadas com risco extremo e sete com risco alto, ou seja, existe a possibilidade de tomadas de decisões mais estratégicas.

A conselheira Rosa Egídia Crispino Lopes e o conselheiro Odilon Teixeira participaram do 3º Laboratório de Boas Práticas, realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), em parceria com o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) e com o Instituto Rui Barbosa (IRB), com o apoio do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), da Associação de Entidades Oficiais de Controle Público do Mercosul (ASUR) e do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO).

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