Amanhã, às 17h, na Livraria Fox de Belém, será o pré-lançamento do “Âmago da Amazônia”, obra do arquiteto, urbanista, empresário, artista plástico, fotógrafo, poeta, escritor e preservacionista Carlos Antônio Barbosa da Silva, organizada e publicada post mortem por dois dos seus melhores amigos, os escritores e acadêmicos Célio Simões e Ademar Amaral. A publicação se deu por iniciativa e patrocínio do irmão do autor, Augusto Cezar Barbosa da Silva, via A.S. Engenharia, e o selo é da Paka Tatu. Marcado inicialmente para julho deste ano, o lançamento do livro foi adiado para julho de 2022 em Óbidos(PA), terra natal de todos.
O advogado e jornalista Célio Simões é o autor da “orelha”, onde acentua a rica vivência do autor no Baixo Amazonas, “tendo morado em Óbidos e Santarém, embora o lugar de sua infância, o mágico Paraná de Dona Rosa (que ele chamava “Uma Rosa de Paraná”) ocupasse um especial lugar em seu coração, tanto que sua narrativa literária aborda vários episódios ocorridos lá”. Da lavra do engenheiro Ademar Amaral, consta um texto tocante denominado “O meu amigo Carlos Antônio”. Brilhante escritor e pesquisador, Ademar é outro apaixonado pelo Paraná da Dona Rosa, no interior de Óbidos, cenário constante de seus personagens e histórias.
No prefácio, escrito em 2012, ano do prematuro falecimento do talentoso contista, Célio Simões revela que foi o próprio Carlos Antônio quem desenhou a capa do livro, e também foi ele quem projetou a “Praça do Estreito, o emblemático complexo artístico e cultural inaugurado em julho/2011 na ala mais nobre da área urbana, contígua ao Forte Pauxis (berço da cidade), ambos debruçados sobre o maior rio do planeta, bem no ponto onde ocorre o acidente geográfico conhecido como a “Garganta do Rio Amazonas” (sua parte mais estreita) que ele utilizou como temática de sua criação”.
Célio Simões realça o conto “O Bote da Sucuriju”, sobre as atribulações numa caçada nos brejos da Amazônia, incrível aventura, narrada na linguagem da gente do interior, e faz uma reflexão: “O livro nos remete à remansosa vida que levávamos em lugares apartados do mundo, imunes ao império da televisão, carentes do mais básico, inclusive energia elétrica, sem veículos nas ruas, mas onde, no caso obidense, o coração restava fortalecido pelo habitual percurso dos moradores em suas célebres ladeiras. Os que lerem o livro não regatearão aplausos ao seu autor, saudoso e estimado amigo que abrilhantou a Academia Artística e Literária de Óbidos como fundador da Cadeira n.º 11 e primeiro presidente do Conselho Fiscal, que se em vida deu à sua cidade uma formosa praça, no post mortem nos oferta este magnífico livro, verdadeira dádiva aos incontáveis admiradores que ele conquistou com a sua contagiante alegria e que agora o festejam onde quer que ele esteja, com certeza no lugar destinado às pessoas de bem, por que outra coisa não foi enquanto viveu”. Carlos Antonio Barbosa da Silva nasceu em 24 de abril de 1947 e faleceu em Belém no dia 05 de agosto de 2012, aos 65 anos.
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