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A Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), realizou nesta quinta-feira (5) a operação Rede Segura, que resultou na prisão em flagrante de um homem pelo armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantil. A ação ocorreu no bairro do Guamá, em Belém.

A operação foi conduzida com o objetivo de combater crimes cibernéticos que atentam contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, em alinhamento com os esforços contínuos da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Pará.

A ação contou também com o suporte da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Polícia Científica do Estado do Pará.

A operação Rede Segura iniciou com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça. Durante a diligência, os agentes localizaram dispositivos eletrônicos contendo vídeos de conteúdo explícito de abuso sexual infantil. Os materiais apreendidos incluem dois aparelhos celulares, um pen drive e um HD externo.

Os dispositivos foram encaminhados à Polícia Científica do Estado do Pará (PCEPA) para análise pericial detalhada, que tem como finalidade elucidar a extensão dos crimes e possíveis conexões com redes de exploração infantil. O material apreendido será crucial para identificar outros envolvidos e ampliar as investigações.

O suspeito, que não teve sua identidade divulgada, foi preso em flagrante e levado à delegacia para a formalização dos procedimentos legais cabíveis.

A diretora da DCCV, delegada Lua Figueiredo, enfatizou a importância da operação na proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual. “Essa é mais uma ação da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, que reforça o trabalho da PCPA na proteção de crianças e adolescentes no meio virtual. O armazenamento desses conteúdos ilícitos impulsiona o abuso sexual de crianças e adolescentes, então nossas ações têm sido frequentes no combate das práticas criminosas relacionadas à pornografia infantojuvenil” afirmou.

Foto: Polícia Civil / Divulgação

O armazenamento e compartilhamento de conteúdos de abuso sexual infantil são crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com o artigo 241-B do ECA, o armazenamento desse tipo de material pode levar a penas que variam de um a quatro anos de reclusão, além de multa. 

O consumo e o armazenamento desses conteúdos alimentam um mercado criminoso que perpetua abusos e traumas. Cada acesso a esse tipo de material significa mais uma criança explorada e violentada. É um ciclo que precisa ser interrompido com rigor e rapidez.

A Polícia Civil reforça a importância da denúncia por parte da população. Qualquer suspeita de crimes cibernéticos pode ser reportada de forma anônima através do Disque 181, pelo WhatsApp (91) 98115-9181, pelo formulário online ou diretamente às delegacias especializadas.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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