Por Publicado em: 12 de maio de 2016
Hoje é mesmo um dia de fortes emoções. Praticamente ao mesmo tempo em que o Senado concluía a votação que afastou por 180 dias a presidente da República, a Polícia Federal chegou à Assembleia Legislativa do Estado do Pará, por volta das 6:30h, a fim de cumprir mandado de busca e apreensão no gabinete do líder do PT, deputado Dirceu ten Caten. Pelo foro privilegiado a que tem direito o parlamentar, é provável que a ordem judicial tenha sido expedida pelo TRF1 – Tribunal Regional Federal da 1a. Região. A medida está sendo executada com discrição, nenhum movimento anormal se verifica às proximidades do Palácio Cabanagem. Na residência dos pais do deputado em Marabá, Bernadete Ten Caten e Luiz Carlos Pies, também está sendo cumprido mandado de busca e apreensão pela PF. O blog tentou contato com Bernadete e Dirceu mas os celulares estão fora de área de serviço.
O presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, está em deslocamento para Brejo Grande do Araguaia, a fim de participar de programação municipal. Mas determinou imediatamente todo apoio à PF. O coronel Noura, chefe do Gabinete Militar, e o procurador geral Luiz Fernando Guarácio estão auxiliando as atividades. O gabinete está lacrado e lá só permanecem os policiais e a chefe de gabinete de Ten Caten, que está colaborando.
Os agentes da PF não permitem o acesso da imprensa e também não querem prestar informações sobre o caso, por enquanto. Tudo indica que o alvo não é o jovem deputado, mas sim sua mãe, a ex-deputada Bernadete ten Caten, que foi superintendente do Incra, sofreu processos eleitoral e criminal e ao final foi condenada a pagar R$75 mil a título de multas e a prestar serviço comunitário, além de pagar cestas básicas a entidade filantrópica e ter ficado com seus direitos políticos suspensos, motivo pelo qual seu filho Dirceu disputou o mandato em seu lugar, nas eleições de 2014. O gabinete que ele ocupa na Alepa é o mesmo de sua genitora, com os mesmos equipamentos e inclusive computadores.
Dirceu ten Caten também é filho do vice-prefeito de Marabá, Luiz Carlos Pies(PT), que não quer assumir a titularidade do cargo mesmo com o afastamento do prefeito João Salame determinado pelo juiz César Leandro Machado, da 4ª Vara Cível e Empresarial, por dívida de mais de R$ 14 milhões para o Instituto da Previdência Social dos Servidores Públicos de Marabá. É que se assumir ficará inelegível no pleito eleitoral deste ano.
O blog voltará com mais informações assim que a PF ou o parlamentar se pronunciarem.
Comentários