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A Polícia Federal de novo realizou operação no interior da Terra Indígena Munduruku, no município de Jacareacanga, sudoeste do Pará, desta vez batizada Operação Guardião da Floresta.

Já se perdeu a conta das vezes em que a PF esteve lá, inclusive fazendo desintrusão com apoio de dezenas de órgãos estatais, inutilizando máquinas, balsas e demais equipamentos utilizados pelos garimpeiros. A atividade criminosa continua no território indígena, principalmente extração ilegal de ouro.

Jacareacanga, não à toa, é a capital do garimpo ilegal. O município é longínquo, encravado na selva amazônica, e a população paupérrima sobrevive graças a benefícios sociais do governo federal e em nada se beneficia pelas jazidas abundantes de minérios.

Os indicadores sociais do município são apavorantes. O Índice de Progresso Social – Brasil (IPS Brasil), que identifica o nível de bem-estar e o acesso de uma população às ferramentas necessárias para prosperar fala por si. Em 2023, Jacareacanga registrou o pior IPS de toda a Amazônia: 38,92, o quinto pior do país. O resultado está relacionado ao desmatamento, à degradação florestal e aos conflitos sociais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) também entre os mais baixos do Brasil (0,505).

A TI Munduruku se estende por 2,3 milhões de hectares de extensão e abriga 9.257 indígenas, isolados do Alto Tapajós e Apiaká. Além de ilegal, a exploração mineral causa degradação ambiental, contaminação por substâncias como mercúrio e cianeto, malária, desorganização social, grilagem, exploração da prostituição infantil e índices alarmantes de violência.

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