Publicado em: 27 de julho de 2025
O fim de semana foi movimentado para os gigantes do futebol paraense na Série B. O Paysandu foi até Manaus, na quarta (23) e arrancou um ponto precioso diante do Amazonas-AM, mantendo a invencibilidade sob o comando de Claudinei Oliveira. Já o Remo, no embalo da torcida azulina, virou sobre o Avaí-SC no Mangueirão, na quinta (24) e segue firme na luta pelo acesso. Com estilos e objetivos distintos, os dois clubes vivem momentos cruciais na competição.
O empate do Paysandu em 1 a 1 com o Amazonas teve contornos dramáticos. O time bicolor abriu o placar ainda no primeiro tempo com Diogo Oliveira, mas sofreu um duro golpe logo em seguida com a polêmica expulsão do zagueiro J. Novillo, decisão bastante contestada pela comissão técnica e pela torcida. A partir daí, a estratégia de Claudinei precisou ser adaptada para resistir à pressão amazonense.
Mesmo com um a menos, o Papão mostrou organização defensiva e teve no goleiro Gabriel Mesquita seu grande destaque da partida. O arqueiro fez defesas importantes e segurou o ímpeto adversário até onde deu. O empate veio no segundo tempo, mas a atuação sólida mesmo com a inferioridade numérica garantiu mais um ponto valioso fora de casa.
Com o resultado, o Paysandu chegou a 19 pontos e fechou a segunda rodada consecutiva fora da zona do rebaixamento, ocupando a 16ª colocação. A sequência de sete jogos sem perder sob Claudinei (quatro vitórias e três empates) mostra uma equipe mais equilibrada. O desafio agora é diante do Athletic, em grande fase, nesta segunda-feira (28), na Curuzu, que promete casa cheia e clima de decisão. As carências no elenco seguem, derivadas do mau planejamento feito pela diretoria, no início de 2025, mas há uma clara ascensão do time em campo, que vem consolidando o trabalho da comissão técnica e embalado pela Fiel.
Do lado azulino, a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Avaí teve sabor especial. Foi o primeiro triunfo do Remo com António Oliveira comandando a equipe em casa, e veio justamente com o apoio maciço da torcida no Mangueirão. Após sair atrás no marcador, o time mostrou força de reação e personalidade para buscar o resultado. Os grandes investimentos no elenco vêm trazendo alguns resultados importante, com destaques para o artilheiro Pedro Rocha e para Matheus Davó.
A arbitragem, no entanto, voltou a ser protagonista negativa. O pênalti que originou o gol da vitória remista gerou muita reclamação dos catarinenses, nota de repúdio e dividiu opiniões. Ainda assim, o Remo soube aproveitar o momento e garantiu três pontos fundamentais na corrida pelo G-4.
Com 29 pontos e ocupando a 5ª posição na tabela, o Leão Azul está firme na briga pelo acesso à Série A de 2026. O próximo compromisso é decisivo: visita o líder Goiás fora de casa no encerramento do turno, em duelo direto que pode reposicionar o Remo entre os quatro primeiros da competição. Após 18 rodadas, o G-4 é formado por Goiás-GO, Coritiba-PR, Novorizontino-SP e Chapecoense-SC, que vem em uma escalada de recuperação.
Enquanto o Paysandu luta para se afastar de vez da parte de baixo da tabela, o Remo mira o topo. São trajetórias distintas, mas igualmente desafiadoras, em uma Série B imprevisível. Até onde vão Papão e Leão nesta caminhada?
Foto: Henrique Herrera (Remo-Avaí)
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