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A velocista estadunidense Gabby Thomas ganhou sua primeira medalha de ouro olímpica na final dos 200 metros femininos na última terça-feira. A atleta de 27 anos já havia conquistado bronze e prata em sua estreia olímpica em Tóquio 2021 e credita parte de seu sucesso à sua segunda carreira: é que, além de atleta, ela é formada em neurobiologia com especialização em saúde global e políticas de saúde (além de um certificado em francês) pela Universidade de Harvard e mestre em saúde pública pela Universidade do Texas, e divide seu tempo entre treinos e o trabalho voluntário em uma clínica em Austin para pessoas sem seguro de saúde.

Nos meses que antecederam os Jogos de Paris, Gabby treinava de três a seis horas por dia, e à noite, dedicava-se ao trabalho como neurobióloga. Em entrevista à NBC News, ela afirmou que ter uma carreira fora das pistas foi fundamental para seu sucesso como atleta profissional: 

“a maneira como me tornei bem-sucedida no atletismo foi basicamente correndo meio período, e acho que para mim isso é realmente importante para minha saúde mental, ter outras coisas na minha vida que me ajudam a alcançar meus objetivos e me sentir realizada.”

A atleta mostrou sua nítida superioridade na pista olímpica de Paris com um tempo de 21,83 segundos. Além do plano de competir em Los Angeles em 2028 e ganhar mais medalhas, ela tem também como objetivo dirigir um hospital ou uma organização sem fins lucrativos para democratizar a informação e o acesso à saúde.

Ao contrário do que muitos pensam, ela não foi recrutada por Harvard e nem pelas principais escolas de atletismo por seu desempenho no esporte e não planejava correr na faculdade. Ela foi, no entanto, a primeira aluna daquela Universidade a ganhar uma medalha olímpica, em Tóquio. Enquanto treinava para Paris 2024, Gabby também escreveu um artigo sobre epidemiologia do sono como parte de seu programa de mestrado: “o sono é definitivamente a parte mais importante do meu treinamento, e eu não posso enfatizar isso o suficiente”, disse ela à AP News.

Fã de Allyson Felix, uma das mulher mais condecoradas da história do atletismo e ícone da luta pela igualdade de gênero e pela defesa das mães no esporte, Gabby também acha tempo para ser mãe-de-pet de um simpático cachorrinho pug que a atleta adotou quando mudou para Austin, para fazer o mestrado. Ela considera que Rico foi o seu salvador durante os momentos difíceis, tanto no programa de pós-graduação quanto nas pistas.

Foto: Instagram/Reprodução

Ana Sátila, onipresente

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