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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (8) a Operação Eclesiastes, a fim de desarticular organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de capitais. Foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, além do sequestro judicial de bens e valores que podem alcançar R$ 1,5 bilhão. A operação foi autorizada pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará e as diligências abrangeram Belém, Ananindeua e outros municípios da região metropolitana, mas a PF acabou causando uma tragédia: o jovem Marcelo Carvalho, de 24 anos, filho de uma escrivã da Polícia Civil e também funcionário da PCPA, foi morto pelos policiais enquanto dormia em sua residência, no bairro do Jurunas, em Belém, onde vivia com a avó, que o criou desde a infância. A PF alega que ele reagiu à abordagem, mas o rapaz tinha bons antecedentes, uma vida saudávele não era alvo da operação. O erro fatal causou revolta na família e amigos da vítima, que estão exigindo a punição dos responsáveis.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) indicaram movimentações superiores a R$ 1 bilhão em um complexo esquema de ocultação de valores. O grupo também é investigado por financiar garimpos ilegais e pela entrada irregular de ouro no país, demonstrando a interligação entre os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e mineração ilícita.

As investigações revelaram que o grupo utilizava embarcações pesqueiras para o transporte de drogas e contava com uma rede de colaboradores em vários estados do país. Um empresário paraense, já falecido, era apontado como principal responsável pela logística e pela movimentação financeira ilícita, por meio de empresas de fachada e “laranjas”.

Na operação, foram apreendidos documentos, celulares, veículos de luxo e valores em espécie, além do bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis residenciais.

Idosos têm direitos garantidos em lei, mas abusos ainda desafiam proteção

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