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O criminoso ia matar também o radialista Nildo Silva, testemunha do crime

A Polícia Civil do Pará prendeu em flagrante ontem, 29, por volta das 19h30, no supermercado Mateus de Vila dos Cabanos, em Barcarena, Gleydson Moraes Queiroz, vulgo “Cabeção”, que assassinou o radialista, DJ e promotor de eventos Luís Augusto Carneiro Costa, o Luizinho, dentro da Rádio Comunitária Guarany FM, na manhã da terça-feira, 27, diante de várias testemunhas. 

A vítima foi alvejada de forma planejada e cruel por três tiros de uma pistola prateada, aparentemente calibre 380, na cabeça, costas e abdômen, no estúdio do programa de rádio ao vivo, tendo os ouvintes escutado os disparos e os gritos, o que chocou a sociedade paraense e causou pavor em toda a região. A Diretoria de Polícia do Interior, através da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, montou imediatamente uma força-tarefa integrada por policiais civis da Delegacia de Homicídios de Abaetetuba, peritos da Polícia Científica e agentes de inteligência do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação), denominada Operação Antena da Lei. Com base nos primeiros depoimentos colhidos no local, foi possível definir as características do suspeito, um homem de aproximadamente 1,70m, compleição física média, pele morena, rosto redondo, que na ocasião do crime trajava roupa preta, calça jeans, tênis, capacete preto com máscara azul e mochila preta nas costas e chegou à rádio em uma motocicleta Honda Pop branca sem placa e com rodões pretos.  

A equipe conseguiu coletar imagens de câmeras de segurança revelando que o criminoso, vinte minutos antes de executar Luizinho Costa, entrou em um conjunto de “quitinete” em Abaetetuba, tirou o capacete, estacionou a motocicleta por cerca de 2 minutos e depois saiu para executar a vítima. Logo em seguida à descoberta das informações, a autoridade policial representou pela busca e apreensão no local, deferida pela justiça, e encontrou informação crucial sobre o envolvimento de “Cabeção”, com quem a vítima teria tido desentendimentos relacionados à organização de eventos na região. No mesmo dia, por volta das 17h, a equipe recebeu denúncia anônima pelo telefone funcional apontando Cabeção como o autor do homicídio e o localizou na lanchonete do Supermercado Mateus, em Vila dos Cabanos.

Durante uma conversa com outro indivíduo não envolvido diretamente no crime, monitorada pela equipe de investigação posicionada estrategicamente, com áudio e vídeo gravados em local público, que durou cerca de 40 minutos, Cabeção confessou ser o autor do homicídio, relatando inclusive detalhes que apenas o executor poderia conhecer. Afirmou textualmente: “eu mesmo passei o Luiz, eu fui lá e fiz o serviço”, mencionando ainda que o crime teria sido motivado por desentendimentos relacionados a eventos em Vila do Conde, quando Luizinho teria cancelado um evento organizado pelo suspeito há cerca de um mês. Ele contou, ainda, que pretendia assassinar também o radialista Nildo Silva, por este poder reconhecê-lo, mesmo tendo usado máscara durante o crime. Ao término do encontro, quando Cabeção deixava o estabelecimento, foi abordado, preso e autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.

Na delegacia de Abaeté, durante o interrogatório formal, confessou o crime, inclusive com gravação áudio e vídeo, dando detalhes de toda a execução: depois que cometeu o crime trocou de roupa no banheiro do Supermercado Mateus em Abaetetuba. A polícia foi até lá e confirmou por meio de imagens que o indivíduo entrou usando a roupa da execução e trocou por outra. O criminoso também informou que trocou de roupa assim que chegou em Abaetetuba no dia 27 de maio de 2025, por volta das 8h da manhã, no Supermercado Líder, onde as imagens também estão sendo extraídas. Foi realizada busca e apreensão na residência do suspeito em Barcarena, onde encontraram a motocicleta utilizada no cometimento do crime e foi apreendido o celular do preso.

A Polícia Civil agora apura o envolvimento de outros indivíduos a fim de entender completamente a motivação do crime, que está relacionada a disputas pelo controle da organização de eventos na região do Baixo Tocantins. A prisão preventiva foi representada, pois logo após a execução o indivíduo fugiu do distrito da culpa, dissolveu provas e causou abalo social imenso em toda a população. Quaisquer informações que possam ajudar a polícia podem ser prestadas através do Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.

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