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No discurso em nome dos colegas Alcyr
Montero Cecim e Walcy Cezar da Silva Ribeiro, empossados junto com ela na 3ª
Entrância (Belém), a promotora de justiça Socorro de Maria Pereira Gomes dos
Santos deu testemunho da importância da atuação do Ministério Público para a
garantia da cidadania.
Contou que, em Ananindeua, onde atuava,
uma senhora a procurou pedindo com urgência sua certidão de nascimento. Portadora
de câncer, só tinha 30 dias de vida. Sensibilizada, a promotora tentou ajudá-la
no tratamento, mas ela insistiu. A única coisa que queria era o seu documento. No
mesmo dia o MPE providenciou tudo. Então, ela revelou que queria deixar uma
herança a seus dois filhos: seu registro de nascimento.
É de doer na alma tal relato. E quantos
nascem, crescem e morrem sem jamais terem sido registrados, nem para efeito de
estatística? A ausência do Estado é cruel. Permite o sub-registro, o analfabetismo,
barra o acesso à justiça, impede a consciência de cidadania e viola direitos
humanos. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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