Na terça-feira, 17 de dezembro, às 8h, o coletivo “O Plano é Ser Respeitado” realizará uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Pará, na Avenida Almirante Barroso, 3089, em Belém. A mobilização tem como objetivo exigir melhorias nos serviços prestados pelos planos de saúde para pessoas com deficiência (PCD) e neurodivergentes, além de cobrar providências das autoridades competentes.
Famílias de beneficiários de planos como Unimed, Hapvida, Iasep, Bradesco, Casf e Amazônia Saúde participarão do ato, denunciando dificuldades no acesso a tratamentos terapêuticos de qualidade. As principais reivindicações incluem a ampliação da cobertura para terapias essenciais, como fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico, além de maior transparência nas políticas de reembolso e regulamentação de prazos para atendimento.
A pauta central da manifestação é a implementação de uma minuta apresentada à Assembleia Legislativa do Estado do Pará, elaborada em conjunto com especialistas, usuários e representantes da sociedade civil, e que corrobora as demandas mais urgentes enfrentadas pelas famílias.
O coletivo destaca ainda que as falhas no atendimento pelos planos de saúde impactam diretamente a qualidade de vida de pessoas com deficiência e neurodivergentes, além de sobrecarregar financeiramente suas famílias. Muitas enfrentam longas filas para autorização de tratamentos ou têm pedidos negados, mesmo quando os procedimentos são essenciais para o desenvolvimento e bem-estar dos pacientes. As famílias enfatizam que estão lutando pelo que já é garantido por lei: o acesso digno e igualitário aos serviços de saúde pelos quais pagam.
O ato busca conscientizar a sociedade paraense sobre os direitos das pessoas com deficiência e neurodivergentes, reforçando que esses indivíduos fazem parte da sociedade e merecem inclusão plena. Os integrantes do coletivo relatam estarem cansados de viver em uma sociedade que ainda não aprendeu a ser empática com seus próprios membros, e afirmam que é hora de mudanças concretas sejam exigidas.
O coletivo “O Plano é Ser Respeitado” espera que a pressão popular leve à intervenção nas práticas abusivas de alguns planos de saúde, enfatizando a necessidade de um monitoramento mais rigoroso das operadoras para garantir que os direitos dos beneficiários sejam respeitados.
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