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O julgamento do fazendeiro e ex-deputado estadual Osvaldo dos Reis Mutran, o Vavá, 79 anos, por matar com um tiro na cabeça uma criança de 8 anos de idade, e que seria nesta quinta-feira, 7, foi adiado para 9 de junho, às 8 horas, no Fórum Criminal de Belém. Seus advogados alegaram – vejam só – que os médicos de Vavá Mutran o orientaram para que não se deslocasse para Belém por questões de saúde, e o titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, juiz Edmar Silva Pereira, deferiu o pedido.
O adiamento é alarmante, porque sinaliza a impunidade. O Júri popular vem sendo protelado há 9 anos e se ficar para 2012, o processo será prescrito. Causa estranheza a alegação da defesa: se alguém que está em Marabá precisa de cuidados médicos, claro que terá mais recursos na capital, Belém, e não o contrário. Mais: assunto tão grave foi ignorado pelo departamento de Comunicação do TJE-PA, que não deu uma linha sobre o caso no site do tribunal.
Vavá assassinou o pequeno David em 4 de dezembro de 2002, depois de ameaçar matar quem jogasse futebol no terreno atrás de sua residência. O garotinho estava amarrando seu tênis quando o acusado surgiu por trás dele e o mandou correr. David correu, mas foi seguido por Vavá e baleado uma única vez, além de sofrer agressões pelo corpo. A criança morreu dentro da ambulância a caminho do Hospital Municipal de Marabá.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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