O mistério de quem comanda o garimpo ilegal no Pará

Enquanto na Blue Zone, em Belém, chefes de Estado reiteram ser imperioso proteger o meio ambiente, a mineração ilegal corre à solta no interior do Pará. Hoje (7) de manhã a Polícia Federal deflagrou a Operação Serrinha, de combate à lavra ilegal de minérios e ao comércio clandestino de ouro e cassiterita no município de São Félix do Xingu (PA). Os policiais federais apreenderam três escavadeiras e diversos aparelhos eletrônicos e fecharam dois garimpos ilegais.

Em um dos locais fiscalizados, a produção mensal é de seis toneladas de cassiterita, minério de elevado valor comercial.

Ninguém ignora que a extração e o comércio ilegal de minérios geram graves impactos ambientais, como o assoreamento de rios, a contaminação do solo e da água por substâncias tóxicas, além de prejuízos ao patrimônio da União.

A PF continua a investigar, a fim de identificar os responsáveis pelas atividades ilícitas. Esse é um mistério incrível: centenas de toneladas de cassiterita já foram apreendidas no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA) e no Porto de Itaqui (MA), oriundas do sul do Pará. Um volume tão grande é impossível não ser percebido quando transportado nas rodovias, numa rota que vem do Sul ao Nordeste do Pará.