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Quincy Jones (1933-2024) foi um ser extraordinário. O lendário produtor musical norte-americano se foi aos 91 anos, em Los Angeles. Em sua carreira de mais de 65 anos, ele trabalhou com artistas da estatura de Miles Davis, Frank Sinatra, Michael Jackson, Ray Charles, Count Basie, Donna Summer, Dizzy Gillespie, Charles Aznavour e U2.

Quincy produziu
o mega show reunindo superestrelas da música que gravou em 1985 We Are the World, canção do projeto USA for Africa, que tocou no mundo inteiro em 1985, para arrecadar fundos destinados ao combate à fome na Etiópia, e que contou com Michael Jackson, Lionel Ritchie, Bruce Springsteen, Prince, Kenny Rogers e Tina Turner.

Era genial. Ele se envolveu no jazz, pop, soul, funk, hip hop e trilhas sonoras de filmes, e em todas teve absoluto sucesso.

Quincy foi o primeiro afro-americano vice-presidente de uma grande gravadora e se encontrou com Nelson Mandela e o papa João Paulo II.

Produziu seriados como “The Fresh Prince of Bel-Air”, que revelou Will Smith, e o humorístico “MadTV”. No mercado editorial, era dono da revista “Vibe”.

E foi um defensor dos direitos dos músicos negros americanos: quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas deu um “migué” para não incluir a trilha de “Shaft”, de Isaac Hayes, na premiação do Oscar, Quincy protestou e inclusive ameaçou um boicote para a canção ser incluída. Quando a briga entre rappers da costa leste e oeste dos Estados Unidos culminou nas mortes de 2Pac Shakur e Notorious B.I.G., ele clamou pelo fim da rivalidade fatal na capa e no editorial da sua “Vibe”.

Quincy arrebatou 28 prêmios Grammy (concorreu a 80 deles) e foi o primeiro afro-americano indicado a um Oscar de melhor canção –”The Eyes of Love”, tema de “Um Homem em Leilão”, de 1967.

Trompetista de formação e maestro, ele era amigo de Ray Charles desde a adolescência, trabalhou como arranjador das orquestras de Lionel Hampton e Count Basie, e produziu discos de George Benson e The Brothers Johnson.

Com Michael Jackson, criou “Off the Wall” (1979) e “Thriller”(1982), o disco mais vendido no mundo em todos os tempos.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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