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Às vésperas das festas de fim de ano e do fluxo intenso de visitantes nos municípios com praias, os cuidados ambientais precisam ser redobrados. Centenas de milhares de pessoas sem educação jogam plásticos, vidros, latas e todo tipo de lixo nas areias, transitam de carros e motos deixando resíduos de combustível, além da poluição sonora. Por outro lado, barracas de comida lançam óleo e dejetos, contaminando as praias, rios, lagos e mar.

Criado em 1999, o Instituto de Desenvolvimento da Amazônia – IDEA tinha como propósito inicial promover o desenvolvimento regional, em parceria com a Administração Pública, com foco na qualificação do servidor. Mas se reinventou e há quatro anos escolheu como missão cuidar do meio ambiente, conta o seu idealizador, fundador e presidente, advogado Robério Abdon D’Oliveira, que recentemente promoveu ação educativa na Praia da Romana, no município de Curuçá (PA). Foram coletadas mais de 1.1 toneladas de lixo, inclusive internacional, jogado pelos navios, e que chega à praia levado pelas marés.

Uma das maiores conquistas nesse trabalho tem sido a adesão de moradores locais, estudantes, associações de pescadores e marisqueiros, que se envolvem com entusiasmo e se transformam em voluntários. As autoridades municipais também participam ativamente.

Em Curuçá, 110 pessoas se dispuseram a juntar plásticos, , vidros e cordas de nylon, que muitas vezes ficam trançadas na vegetação e cipós e acabam virando elemento na construção de ninhos de passarinhos, colocando em alto risco as espécies. O IDEA conseguiu mobilizar a Prefeitura de Curuçá, a Auremag (Associação de Pescadores do município de Curuçá), a Polícia Militar, a Emater/Curuçá, o ICMbio, a ACIC/Curuçá, estudantes e empresas privadas.

O Instituto atua em todo o território nacional, com maior ênfase na região Norte. O escritório central fica em Belém do Pará. “O IDEA tem compromisso com ações e educação em todo bioma amazônico, ensinando e reproduzindo práticas responsáveis de preservação e diminuição do carbono nos estuários de manguezais, praias e oceanos, além de capacitar pessoas sobre o entendimento da construção sustentável em comunidades ribeirinhas, marisqueiras e de pescadores, buscando sempre harmonizar o relacionamento entre entidades e população por onde passa”, comenta Robério d’Oliveira, explicando que ” nossa missão é inclusiva e participativa, junto às comunidades tradicionais, a fim de criar oportunidades de melhoria e potencializar impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade como um todo. Temos planos anuais de atividades, conduta ética e transparente no cumprimento de nossas ações educativas nas perspectivas locais e globais. Elaboramos e executamos projetos com o objetivo de reduzir a utilização de recursos naturais. Cuidamos da água, economizamos energia, reduzimos resíduos, utilizamos embalagens recicláveis, e lutamos para eliminar o uso de plásticos, utilizar transporte sustentável, preservar a flora e a fauna.

Combater o desmatamento e o aquecimento global, preservar a biodiversidade e os ecossistemas, mantendo rios, praias, mangues e mares saudáveis e cheios de vida vegetal e animal se tornou o maior desafio planetário.

O projeto “Mangue é Vida”, desenvolvido pelo IDEA, incentiva a conservação dos manguezais da Reserva Extrativista Mãe Grande, em Curuçá, através de ações que incluem cursos de capacitação, palestras, ações de limpeza de praias, publicação de informativos e cartilhas educativas.

“Essas ações são para mostrar a importância ecológica dos manguezais, ecossistemas altamente produtivos, garantidores de alimentação, proteção, condições de reprodução e crescimento para muitas espécies de peixes e crustáceos de valor comercial. Além disso, os manguezais servem como proteção para as áreas de terra firme contra tempestades e ações erosivas das marés; retêm poluentes e sedimentos finos carreados pelas águas, favorecendo a manutenção dos canais de navegação; ajudam na manutenção e conservação de estoques pesqueiros do estuário, garantindo a piscosidade na região; e servem de área de recreação e lazer como a pesca esportiva e o turismo ecológico, sintetiza Robério d’Oliveira.

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