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Fundado em 1993 no bairro da Prainha, em Santarém, o Instituto Maestro Wilson Fonseca desempenha papel crucial na transformação social do município e de toda a região oeste do Pará, especialmente entre crianças e adolescentes de bairros periféricos. Atualmente, atende 400 jovens, oferecendo-lhes a oportunidade de vivenciar a música e outras formas de arte.

Exemplo disso é Sofia Sousa, moradora do bairro Liberdade, em Santarém. Aos 10 anos de idade, assistiu a uma apresentação de orquestra que despertou nela um sonho: aprender a tocar violino. Mas as condições financeiras de sua família tornavam esse desejo aparentemente inatingível. Dois anos depois, sua mãe descobriu o Instituto Maestro Wilson Fonseca, que oferece cursos gratuitos, e a vida de Sofia mudou para sempre. “Quando eu vi a apresentação, pedi para minha mãe que me matriculasse em uma aula, mas ela não podia pagar. Dois anos depois, isso foi possível. Fiquei muito feliz mesmo”, conta Sofia, agora aos 12 anos, com o sonho de tocar em uma grande orquestra.

Entre os bairros atendidos, destacam-se Prainha, com 22 alunos; Salvação, com 15 alunos; Jutai, com 13 alunos; e Santa Clara, com 13 alunos. Outros bairros e comunidades, como Nova República (12 alunos), Uruará (13 alunos), Cidade Jardim (8 alunos), Urumari (8 alunos), e até regiões mais afastadas, como a Comunidade Miritituba e Cidade Nova (Belterra), que contam com 1 aluno cada, também estão representados. Essa diversidade geográfica dos alunos reflete o amplo alcance social do Instituto, que se esforça para garantir que a arte e a cultura cheguem a todas as classes sociais.

O espaço oferece 21 cursos gratuitos, que vão desde Iniciação Musical até aulas de Violino, Piano, Clarinete, Flauta, Teatro e Dança. Esse amplo espectro de cursos é possível graças aos subsídios das empresas Equatorial Energia Pará e Banpará, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que garantem a manutenção do instituto e equipamentos, além do pagamento dos professores. 

Um exemplo inspirador do impacto do Instituto é a história de Beatriz Meneses, professora de Iniciação Musical. Ela começou sua trajetória na instituição aos 13 anos, tocando flauta, e, apesar dos desafios financeiros, persistiu em suas aulas até que recebeu uma bolsa auxílio que lhe permitiu continuar os estudos. “Eu lembro que eu ia andando para minhas aulas de música e teve um tempo que não tínhamos mais condições de ir, foi quando ganhamos uma bolsa da prefeitura por meio da parceria com o Instituto. Depois, eu me tornei professora do local, que mudou minha realidade financeira e pessoal”, relembra.

Hoje, formada em música e tocando clarinete na banda Maestro Wilson Fonseca, Beatriz é um exemplo vivo de como a educação musical pode transformar vidas. Sua história de superação ilustra o compromisso do Instituto em oferecer oportunidades reais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens de Santarém.

Para o presidente do Instituto, Agostinho Fonseca Neto, o legado de mais de 30 anos de história da instituição representa uma missão de vida. “O que é maravilhoso é percebermos que esses jovens têm sonhos a serem realizados nas artes e encontram aqui a sua oportunidade. Isso passou a ser um projeto de vida nosso. Ainda que não houvesse resultado na área musical, teríamos resultados sociais na vida e no desenvolvimento de tantos alunos que já passaram pelo nosso espaço e ainda passam”, enfatiza.

Reconhecido nacional e internacionalmente, o Instituto Maestro Wilson Fonseca tem compromisso em transformar vidas através da arte, e permanece como um farol de esperança e oportunidade para as futuras gerações, especialmente para aqueles de bairros periféricos e comunidades afastadas.

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