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Uma fantástica Samaumeira (Ceiba pentandra (L.) Gaertn), símbolo da imensidão amazônica, intitulada “rainha das matas” e “árvore da vida”, está sendo vítima de morte lenta em um movimentado cruzamento em Salinópolis, na esquina da Rua Interventor José Malcher com a Trav. Manoel Pedro de Castro. Além de literalmente emparedada pelo muro de uma residência de veraneio, as raízes da árvore estão sendo decepadas sem dó nem piedade, impunemente. As autoridades e órgãos ambientais parecem não ver.

Sagrada para os povos indígenas, a “escada do céu”, “mãe” de todas as árvores é imponente, frondosa e generosa. Suas raízes são chamadas de sapopema, retiram água das profundezas do solo, armazenam e nutrem outras espécies próximas, e são usadas na comunicação pela floresta. O tronco tem cerca de três metros de diâmetro e a rainha das árvores da Amazônia alcança até 90 metros de altura. A majestosa e ancestral árvore tem madeira macia e seus frutos são utilizados na produção de estofados e no enchimento de almofadas e travesseiros. Por conta da fibra presente nas sementes, o material se tornou alternativa ao algodão. O chá da casca funciona como diurético e é usado no tratamento de doenças como bronquite, artrite e conjuntivites.

Vejam as fotos.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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