Publicado em: 13 de fevereiro de 2016
O presidente do PCdoB de São Domingos do Araguaia(PA), Luis Antonio Bonfim, foi executado com seis tiros na cabeça quando comprava pão em uma padaria, ontem. Ele liderava uma ocupação na região do ‘Tabocão’, em Brejo Grande do Araguaia (PA). A região, cenário da Guerrilha do Araguaia entre 1972 e 1975, até hoje é marcada pela violência da luta pela posse da terra.
Há mais de trinta anos, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria e membro do PCdoB João Canuto de Oliveira foi trucidado por doze tiros, em 18 de dezembro de 1985. Anos depois, dois de seus filhos também tiveram o mesmo destino. Havia uma lista de marcados para morrer, que incluía a família Canuto, o advogado de posseiros e deputado do PCdoB Paulo Fonteles, o deputado João Batista, do PSB, e o padre Ricardo Rezende, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Em 11 de junho de 1987, Paulo Fonteles, dirigente do PC do B e defensor da reforma agrária, foi covardemente assassinado em um posto de gasolina, em Marituba, à altura de onde hoje começa a Alça Viária. Em 6 de dezembro de 1988, em Belém, a 500 metros da residência do governador, João Batista foi morto a tiros na frente de sua esposa e filhos. Em 3 de fevereiro de 1991, o principal dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria (PA), Expedito Ribeiro de Souza, também do PCdoB, acabara de sair de uma reunião sindical quando foi assassinado. Mais de três décadas depois, a história continua a se repetir. Até quando?
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