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Sabe-se que só 28% dos adolescentes paraenses estão na escola. E onde estão os 72% “restantes“? Na rua, no trabalho informal ou assemelhado ao escravo, perambulando drogados ou se prostituindo, assaltando, estuprando e matando. E nas prisões.
Quando é que finalmente as autoridades vão perceber que a educação, a saúde, a cultura e o lazer são ferramentas poderosíssimas e da mais alta eficácia para garantir a segurança pública?
Que nossos jovens fogem das escolas porque a maioria gritante não tem nem água nos sanitários, quanto mais quadras poliesportivas, salas de vídeo, auditório, atividades educativas em tempo integral?
Que são empurrados ao crime pelo desemprego dos pais, pelas famílias desestruturadas, doentes, pelos traficantes na porta das escolas?
Que não têm oportunidade de aprender um ofício para ajudar na renda de suas famílias?
Que não têm em seus bairros populosos sequer uma pracinha para suas brincadeiras e encontros?!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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