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Os políticos do sul/sudeste estão reclamando que o presidente Lula quer destinar recursos da Itaipu Binacional, estatal que controla a usina hidrelétrica no Paraná na divisa com o Paraguai, para investir no Pará e auxiliar nas obras para a COP30 em Belém.

A expectativa dos parauaras é de que ao menos R$ 1 bilhão da poderosa Itaipu venha somar aos R$3 bilhões já anunciados pelo BNDES.

Mas, além do olho gordo do sul/sudeste, o Pará ainda depende das negociações em curso com o Paraguai sobre o valor da tarifa que o Brasil deve pagar pela energia.

Belém não entra na área de influência direta da UHE-Itaipu.
Seria usado o mecanismo de indenização ambiental por danos irreversíveis, que pode ser destinada a outros biomas, por mais distante que estejam. Afinal, é bom lembrar que o Pará ficou com todos os imensos impactos ambientais e sociais das usinas de Tucuruí e Belo Monte. No caso da UHE-Belo Monte, dos R$126 milhões de compensação ambiental da usina, R$92 milhões (71%) foram aplicados no Parque Nacional do Juruena, que fica em Mato Grosso e Amazonas, a mais de 800 km de distância da obra.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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