Na manhã da última quarta-feira, 6 de novembro, a Prefeitura de Belém instalou um gabinete de crise para enfrentar o incêndio florestal que se alastra na ilha de Mosqueiro, em conjunto ao Corpo de Bombeiros do Pará, força de segurança responsável pelo combate ao incêndio, para mobilizar equipamentos e suporte especializado na contenção das chamas.
O gabinete de crise foi instituído após uma reunião entre a Defesa Civil Municipal, a Guarda Municipal de Belém, a Agência Distrital de Mosqueiro (Admos), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. O encontro, realizado na sede da Admos, garantiu uma atuação coordenada entre as forças de segurança e de saúde e viabilizou o envio de duas pás mecânicas e dois carros-pipa com capacidade de 12 mil litros cada. O uso desses equipamentos auxilia no abastecimento rápido de água e na construção de barreiras que contenham o avanço das chamas.
Para otimizar o combate, as pás mecânicas são utilizadas na criação de trincheiras ao redor das áreas mais atingidas, enquanto os carros-pipa oferecem um reabastecimento rápido. Segundo Claudionor Corrêa, coordenador da Defesa Civil Municipal, “os Bombeiros possuem apenas um caminhão-tanque em Mosqueiro e, após esvaziar, perdiam uma hora para reabastecimento. Com o apoio dos carros-pipa, estamos conseguindo reduzir esse tempo e intensificar o combate.”
As chamas já consumiram uma residência na comunidade 19 de Abril e ameaçam novas áreas residenciais, plantações e açaizais, essenciais para a subsistência de trabalhadores rurais da região. Os danos causam prejuízos tanto econômicos quanto ambientais, além de colocarem em risco a saúde pública devido à propagação da fumaça.
A situação é acompanhada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que realizou uma vistoria na terça-feira, 5, para investigar a origem do incêndio e avaliar a extensão dos danos. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) alerta para o aumento de pacientes que possam buscar atendimento no Hospital de Mosqueiro devido a problemas respiratórios causados pela inalação da fumaça.
Foto: Leandro Lima (Admos/Prefeitura de Belém)
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