Publicado em: 14 de outubro de 2010
Funcionários do Banpará em momento de votação
Mesa de negociação
Bancários comemoram.
Fotos gentilmente cedidas por Vera Paoloni
Para felicidade de clientes e bancários, depois de 15 dias da maior greve dos últimos 20 anos, bancos privados, BB e Banpará voltam a funcionar amanhã.
O pessoal do Banpará concordou à unanimidade e comemorou efusivamente, com os funcionários jogando para o alto seus crachás.
As conquistas: piso salarial de R$1.250,00 e reajuste de 7,5% nas demais verbas salariais, sem qualquer redutor: tíquetes, comissões, auxílio creche com reajuste de 11% e em dobro para portadores de deficiência; Participação nos Lucros e Resultados bem maior que nos anos anteriores; custeio do plano odontológico em 80% pelo banco e 20% de cada bancário, o que dá pouco mais de R$ 3,00 por pessoa no plano; ampliação da qualificação, com acesso a plano de 40 cursos que poderão ser feitos pela internet; licitação para garantir que chaves das agências passem a ficar com empresa terceirizada e não mais com gerente e tesoureiro, para inibir sequestros; implantação do ponto eletrônico; pagamento de quebra de caixa a coordenadores de posto e tesoureiros; convênios com academias; digitalização dos cartões de autógrafos; e horário especial para amamentação por 270 dias. Os dias parados serão abonados.
O Banpará vai pagar a primeira parcela da PLR (adicional de 2%, com distribuição linear) ainda este mês, e a parte fixa (R$ 1.100,) será adiantada já nesta sexta-feira, 15. Os reflexos salariais no Plano de Cargos e Salários elevaram o reajuste para 10,8%, ou seja, 3,3% além dos 7,5% concedidos pela Fenaban. Os R$ 2.500,00 de tíquetes serão distribuídos em 3 parcelas: R$1.000,00 na próxima segunda-feira; R$500,00 em 20 de dezembro e R$ 1 mil em março 2011.
Pela manhã, o Basa apresentou proposta de 7,5% de reajuste, rechaçada de imediato. Às 16 h, chamou as entidades e ofereceu 11% no piso de ingresso; 7,5% de reajuste nas comissões; ampliação da fatia da PLR de 6,25% para 9%. A reunião terminou às 19 horas sem decisão. A greve foi mantida e haverá nova rodada de negociação amanhã, às 14h, e assembleia às 17h, no Sindicato.
Só a Caixa Econômica Federal não conseguiu chegar nem perto de fechar acordo com seus funcionários. Continuam em greve.
Comentários