Publicado em: 19 de março de 2025
A partir do dia 20 de março, entram em cartaz na programação da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) o espetáculo teatral “A Farsa da Boa Preguiça”, do dramaturgo Ariano Suassuna, e a produção de dança contemporânea “Divinágua”, inspirada na fluidez e força dos rios amazônicos. Ambas as montagens contam com elencos formados por estudantes da universidade e exploram temas sociais e simbólicos por meio das artes cênicas e da performance.
“A Farsa da Boa Preguiça” é uma das obras mais conhecidas de Ariano Suassuna. A peça, que será encenada pelos estudantes dos Cursos Técnicos em Teatro, Figurino e Cenografia da ETDUFPA, traz a história do poeta popular Joaquim Simão, um homem que, em meio à pobreza do sertão, luta para manter sua liberdade e dedicação à poesia, recusando-se a ser escravizado pelo trabalho excessivo.
Com uma abordagem divertida e ácida, Suassuna usa a farsa e referências do teatro popular religioso para fazer uma crítica bem-humorada ao produtivismo capitalista, aos modismos culturais superficiais e à falta de solidariedade com os mais pobres. O resultado é um espetáculo leve e dinâmico, que combina comédia e reflexão, proporcionando ao público uma experiência única e envolvente.

A montagem é dirigida por Karine Jansen e Larissa Latif, e tem cenografia e figurinos assinados pelos alunos, coordenados por Iara Souza e Ézia Neves.
“A Farsa da Boa Preguiça” estreia no dia 20 de março e ficará em cartaz até o dia 30 de março, sempre de quinta a domingo, com sessões às 17h30 e 20h. As apresentações ocorrerão no estacionamento da ETDUFPA, ao lado do Teatro Universitário Cláudio Barradas. Os ingressos estarão disponíveis para compra meia hora antes de cada sessão na bilheteria do teatro, com valores de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Alunos e servidores da ETDUFPA têm direto à gratuidade.

No Teatro Universitário Cláudio Barradas, entre os dias 20 e 23 de março, será apresentada “Divinágua”, uma montagem de dança contemporânea que mergulha na essência líquida do ser humano. O espetáculo propõe uma experiência sensorial e simbólica, trazendo a água como metáfora da resistência e do fluxo contínuo da vida.
A direção da obra é assinada por Ana Flávia Mendes, Éder Jastes e Tarik Coelho, e o elenco, composto por intérpretes-criadores, explora o movimento da água em diferentes estados – da calmaria de um lago à força avassaladora de uma pororoca. O espetáculo reflete sobre a fluidez da existência, ressaltando as múltiplas formas de ser e habitar o mundo.
Inspirada na natureza amazônica e em seus mitos, a montagem evoca a presença de Divinágua, entidade que simboliza a força ancestral dos rios e a ligação profunda entre a humanidade e as águas. O espetáculo convida o público a se reconhecer na fluidez e na potência da água, exaltando a ligação entre corpo, território e identidade.
A produção destaca o trabalho dos estudantes do Curso de Licenciatura em Dança da UFPA, que participaram ativamente do processo criativo em laboratórios conduzidos por Luiza Monteiro. A cenografia, assinada por Leonardo da Silva Mendonça e Socorro Carvalho de Lima, junto com os figurinos criados por Thaise Farias e Vitória Cavalcante, complementam a imersão nesse universo mágico e cheio de significados.
“Divinágua” estará em cartaz de 20 a 23 de março de 2025, com apresentações sempre às 19h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas. Os ingressos poderão ser adquiridos uma hora antes da sessão, diretamente na bilheteria do teatro, com valores de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Alunos e servidores da ETDUFPA têm entrada gratuita.

Fotos: Danielle Cascaes
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