0

No próximo domingo, dia 5 de outubro, no Teatro Casa Saulo Sisnando, às 20h, será encenado, em apresentação única, “FALA”, espetáculo que propõe uma poderosa reflexão sobre o papel e a voz da mulher na sociedade contemporânea, inspirado nas palavras e textos de autoras paraenses presentes na obra “Tramas das Águas”. Essa coletânea de escritos serve como ponto de partida para a Companhia Moderno de Dança criar uma obra que mistura dança, literatura, artes visuais e música. Com uma abordagem singular, “FALA” questiona as estruturas patriarcais e propõe uma releitura do “falo”, que na psicanálise é tradicionalmente visto como um símbolo de poder masculino.

A narrativa construída no espetáculo se desdobra a partir de colagens artísticas e múltiplas linguagens, que se conectam para formar um discurso visual e corporal sobre o que é ser mulher, sobre as limitações impostas socialmente, e sobre como é possível construir redes de resistência e transformação. A montagem tenciona uma investigação sobre as microestratégias que mulheres podem adotar para romper com ciclos de opressão, construindo uma nova percepção do feminino e uma busca pela liberdade e autonomia.

“FALA” tem direção geral e artística de Ana Flávia Mendes, com direção musical de Evs Cris e direção audiovisual de Tarsila Rosa. A dramaturgia é baseada no livro “Trama das Águas”, de Monique Malcher e Bruna Guerreiro, com concepção e roteiro desenvolvidos por Ana Flávia Mendes e o elenco. A produção cultural está sob a responsabilidade de Murilo Olegário, com produção executiva da EntreCenas. A parte multimídia inclui design gráfico de Luiza Imbiriba, cartazes e fotografias de Danielle Cascaes, e video making e fotografia de Tarsila Rosa. Paola Pinheiro cuida das mídias sociais, enquanto Assucena Pereira é responsável pela assessoria de imprensa. A composição visual é realizada por Grazi Ribeiro nos figurinos e pelas intérpretes criadoras na cenografia e colagens. A iluminação é assinada por Sônia Lopes e Júlia Favacho, que também opera a parte técnica. A trilha sonora original é composta e executada pelo grupo GAIAS, com sonoplastia de Marília Soares, Mayara Lourenço e Thaty Thuts.

“FALA” projeta uma plataforma de debate e reflexão sobre a condição da mulher, questionando a imposição de padrões sociais limitadores e propondo novas formas de resistência e colaboração entre mulheres. Selecionado pelo Edital de Dança da Lei Paulo Gustavo 2023, o projeto “Tramas de Corpos” ecoa o compromisso com a arte transformadora e a relevância das questões sociais e políticas que envolvem o feminino.

Os ingressos – R$40 inteira, R$20 meia-entrada – estão disponíveis através do Sympla.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

Anielle Franco foi ouvida pela PF sobre assédios de Silvio Almeida

Anterior

Urnas de Belém, Ananindeua e Marituba serão embarcadas amanhã

Próximo

Você pode gostar

Comentários